Hospital promove desafio e arrecada 5 toneladas de alimentos
Iniciativa beneficiou 130 famílias de Campo Grande que têm sofrido devido à pandemia do novo coronavírus.
O desafio “Onda do Bem” chegou ao Hospital Adventista do Pênfigo, em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, e se espalhou rapidamente entre os colaboradores da instituição. A ideia nasceu com os líderes da Igreja Adventista com o objetivo de incentivar atos de solidariedade entre os membros e, principalmente, ajudar famílias que vivem em situação de vulnerabilidade devido à pandemia do novo coronavírus.
Quem começou com a "brincadeira" na unidade de saúde foi o capelão, pastor Claudiney Primo. Ele desafiou o diretor-administrativo, Everton Martin, a adquirir cestas básicas em prol das famílias carentes da cidade. Martin, por sua vez, desafiou outros três colegas de trabalho. Aos poucos, essa corrente ganhou proporção e muitos colaboradores aderiram à iniciativa.
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O Hospital Adventista do Pênfigo dobrou a quantidade de doações arrecadadas pelos funcionários, o que resultou na aquisição de aproximadamente cinco toneladas de alimentos em formato de cestas básicas.
Alguns dos servidores foram pessoalmente levar o alimentos nas comunidades Vitória e Só Por Deus. Ao todo, 130 famílias receberam os suprimentos que tanto esperavam. O Lar Lygia Hans será o próximo beneficiado e ganhará fraldas e leite em pó para as crianças que vivem no lar.
Na comunidade Só Por Deus, 68 famílias foram beneficiadas com a ação da instituição de saúde. A líder da comunidade, Luciene Pereira de Lima, de 47 anos, revela que muitos estão desempregados e que muitas mulheres são mães solteiras. Ela mora ali há quatro anos com o filho, a nora, que está grávida, e os netos. “Vai fazer muita diferença essa ajuda. Minha nora está grávida e meu esposo desempregado e só consegue fazer ‘bicos’”, contextualiza.
Ana Paula Bento, de 30 anos, é mãe de três filhos com 6, 10 e 13 anos. Ela mora com o marido em um barraco pequeno. A família possui uma renda mensal de apenas 400 reais. Ela conta que, às vezes, não tem arroz para comer. “Veio em boa hora porque só tem meu marido trabalhando e manter a casa é difícil. Hoje vou fazer arroz e feijão. Hoje vai ter felicidade na minha casa”, comemora.
Para o pastor Claudiney Primo, ver o resultado dessa "brincadeira" é indescritível. Ele conheceu as famílias, leu um trecho da Bíblia e orou com elas.