Família é batizada após abrir Pequeno Grupo em casa
Eles superaram a perda dos empregos por causa do sábado, doença emocional e o casamento irregular.
Por Ayanne Karoline
Ela, ex-adventista e com um desejo enorme de voltar. Ele, portador da Síndrome do Pânico, sem poder ter contato com pessoas, mas com grande vontade de mudar sua vida. A história do casal Renata e Leandro é cheia de dificuldades, mas teve um capítulo feliz no último sábado (7), na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Nova Almeida, em Serra. Após abrirem um Pequeno Grupo (PG) em sua casa, mesmo ainda não sendo membros regulares da igreja, chegaram à decisão do batismo.
Eles já frequentavam a igreja quando foram convidados a participarem um PG na casa da aposentada Arinda Rosa da Silva. Lá, toda terça-feira, viram uma amizade se fortalecer, pessoas entregarem sua vida à Cristo e uma família crescer. Cresceu tanto, que foi preciso dividir. “ Ficamos felizes quando eles decidiram se tornar anfitriões de um novo PG. Hoje, além de liderarem o deles, eles são responsáveis pelo estudo da palavra de Deus aqui no nosso PG”, contou Arinda.
O PG que acontece na casa da Renata e do Leandro conta com cerca de 20 pessoas. Para eles, tem sido um instrumento de fortalecimento espiritual. “ Quando recebemos o convite de abrir um PG sem sermos ainda batizados, vimos uma grande oportunidade de evangelizar e, ao mesmo tempo, sermos evangelizados”, contou Leandro Cruz Ribeiro.
Firmes na fé e com a certeza da decisão, faltava apenas um detalhe. Leandro e Renata ainda não eram casados oficialmente. Os dois entraram com o pedido no cartório do bairro mais próximo e regularizaram a situação, podendo finalmente passarem pela festa do batismo. “ A emoção é grande, pois esperávamos por isso há muito tempo. Daqui para frente queremos abrir mais PGs, evangelizar pessoas e continuar o trabalho que Deus nos deu”, disse Renata da Costa Trindade, que foi batizada ao lado do esposo e do filho, Breno.
Grandes dificuldades, gigantes milagres
Na trajetória do casal, um dos momentos marcantes foi a demissão dos dois de uma das maiores empresas do Espírito Santo. Eles abriram mão da estabilidade, de bons salários e benefícios. O motivo? A guarda do sábado! Hoje, os dois trabalham juntos, em negócio próprio, no ramo de eventos e festas.
Outra barreira vencida foi a doença emocional de Leandro, diagnosticado com Síndrome do Pânico. Mesmo com o problema, ele aceitou o desafio de jovens da igreja e pregou com um grupo em diversos ônibus públicos da cidade. Detalhe: há anos ele não fazia uso do transporte público, devido à doença.