Ex-fotógrafo troca profissão pela colportagem e supera crise financeira
Hélio Rodrigues encontrou neste ministério uma forma de sustentar a família e ensinar a Bíblia para outras pessoas.
Quem vê Hélio Rodrigues hoje não imagina como era seu passado. O ex-fotógrafo ganhou muito dinheiro capturando imagens dentro de boates e nesse caminho se entregou às drogas e à prostituição. Um passado que ele não faz questão de lembrar.
Uma reviravolta, no entanto, fez com que ele mudasse de rumo. O estilo de vida de Rodrigues não era a única coisa que estava prestes a mudar. Sua vida financeira, antes farta, logo encontraria percalços que o levaria a encontrar na colportagem, atividade ligada à comercialização de livros religiosos e de saúde, a renda que mudaria a sua vida.
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"A minha vida era uma bagunça", sustenta.
Rodrigues era fotógrafo profissional e conseguiu se estruturar financeiramente com isso. Dentre os segmentos que costumava registrar, decidiu se envolver com fotografia em casas noturnas. Foi neste contexto que ele revela onde teve início o declínio de sua moralidade.
"Eu acabei me perdendo", lamenta.
Oração respondida
Certa noite, ao se envolver em uma briga, o até então fotógrafo chegou em casa, caiu de joelhos e proferiu uma oração. Lembrou do Deus sobre quem havia aprendido quando era mais novo e clamou por ajuda. Pediu que Ele o ajudasse a se libertar dos vícios.
"E neste momento, eu senti uma mão tocando em meus ombros. Pensei que fosse minha esposa, mas ao olhar para trás, não vi ninguém. Mais tarde entendi que era Deus quem havia atendido minha oração", enfatiza.
Ao levantar dali, Rodrigues conta que estava lúcido e sem nenhum tipo de odor relacionado a bebidas alcoólicas. E desde então, decidiu que nunca mais se envolveria com este tipo de coisa. E nunca mais o fez, assim garante.
"Desde então, eu comecei uma jornada cristã, forte, poderosa. Através da lição da Escola Sabatina, estudo diário da Bíblia e o conhecimento dos livros do Espírito de Profecia", complementa.
Finanças em cheque
O estilo de vida era outro, mas o ramo ainda era o mesmo. Rodrigues se manteve no ramo da fotografia em outros segmentos, mas viu sua vida financeira em cheque.
"Naquela época, o sistema era analógico", contextualiza.
Por não conseguir se atualizar às novas ferramentas, viu tudo ruir quase que do dia para noite. Entrou em depressão profunda e, àquela altura, sua esposa tomou uma decisão inesperada: arrumou e programou uma mudança de Aracruz (ES) para Baixo Guandu (ES) para tentarem reescrever uma nova história.
Quase que no mesmo período, um amigo sugeriu um ramo de trabalho nada convencional para o fotógrafo: a colportagem.
"Quando esse meu amigo falou da colportagem e dos benefícios, eu fiquei empolgado. Imediatamente, aceitei o chamado e me tornei um colportor", afirma.
Hélio Rodrigues começou trabalhando de casa em casa e percebeu, depois de alguns meses, que levava jeito para a área. Em seis meses, conseguiu um licenciamento e em dois anos se credenciou como um colportor efetivo. Sempre, segundo ele, batendo as metas que lhe eram proposta.
Já se passaram 14 anos desde que o ex-fotógrafo ingressou nesse ministério. Ele garante que a colportagem foi o instrumento capaz de mudar a renda de sua família logo depois que Deus transformou a vida dele. Atualmente, Rodrigues é ancião de igreja. Com apoio de sua família, já levou 100 pessoas ao batismo.