Estudos bíblicos e decisões marcam trabalho na Penitenciária Masculina de Roraima
Missionários levam estudos bíblicos a três penitenciárias, formam corais de vozes e já programam chegar em outras cidades do estado.
Há seis meses, 40 homens que cumprem penas superiores a 30 anos em regime fechado participam semanalmente de estudos bíblicos. Este projeto na Penitenciária Monte Cristo, em Roraima, teve início há dois anos.
E muitos já foram os frutos. Só no último mês, 22 foram batizados, após estudarem a Bíblia por mais de quatro meses. No ano passado, 50 homens foram batizados após receberem estudo da Bíblia. “É visível a mudança que a Bíblia fez na vida desses homens. Alguns já estiveram nos caminhos de Deus e, por diversos motivos, abandonaram a fé e entraram no mundo do crime, mas Deus restaura e perdoa. Hoje, eles vivem mais tranquilos e já ensinam outros lá dentro”, conta a missionária Dulcinéia Cordeiro, que realiza o trabalho nas cadeias públicas do estado de Roraima.
Ela conta que antes ia sozinha realizar os estudos na cadeia feminina, e o desafio era ainda maior. Agora, uma equipe com 23 pessoas, além dos pastores, a acompanha e se dividem com ações nas unidades prisionais. O trabalho mobilizou a criação de três corais de vozes: um na penitenciária feminina e dois na masculina. Ananias Lima é quem ensaia um dos grupos, ensinando os louvores aos novos membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. “O trabalho não é fácil, porque são pessoas que não têm muitos motivos para sorrir, mas quando passo pelos portões das penitenciárias, sinto que não sou mais eu que faço nada, e sim o Espírito Santo que me usa. São tantas situações, tantas histórias que ouço ali, que só Ele para me manter firme e não me abater pelas dificuldades”, relata o maestro.
Após os batismos, os estudos continuam semanalmente, revisando e tirando dúvidas com os missionários, aos sábados à tarde, antes do ensaio dos corais, segundo Dulce. “Agora, além de continuar estudando, os que se batizam começam a convidar outras pessoas para se juntarem aos estudos e, assim, vamos espalhando o evangelho em um lugar que poucas pessoas querem entrar”, enfatiza ela.
Os planos agora são de alcançar mais uma cadeia em Boa Vista e depois a do município de Rorainópolis, 295 km de distância.
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