Estudantes vivenciam modalidades adaptadas a pessoas com necessidades especiais
Experiência do Colégio Adventista de Santa Maria pretende incluir alunos que tenham tal condição e reduzir preconceitos.
Santa Maria, RS... [ASN] A estudante Nátali Schmidt ficou surpresa com a quantidade de possibilidades que cadeirantes e cegos tem de atuar de maneira semelhante que o restante das pessoas. Isto porque na última quarta-feira (14), o Colégio Adventista de Santa Maria, onde estuda, proporcionou uma experiência marcante para os alunos da manhã: dez modalidades adaptadas para pessoas com necessidades especiais foram apresentadas com objetivo de fazer os estudantes entenderem como essas atividades são realizadas.
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“Isso aqui torna a área de sociabilização muito maior, porque mostra que todo mundo pode participar, sem exceção. E acho que esse projeto de hoje foi muito importante por causa disso, porque ele mostra que ninguém é diferente de ninguém. Além disto, eu posso passar essas informações adiante, porque, com certeza, tem pessoas que não sabem da existência”, ressalta a aluna.
O colégio possui três pessoas na condição de cadeirantes. Dois são alunos e um é funcionário, o que torna ainda mais importante a experiência. Entre as atividades, havia uma corrida auxiliada, em que um dos participantes tinha seus olhos vendados e seu punho preso ao companheiro. Trajetos feitos com cadeiras de rodas, além de handebol e basquete nestes mesmos moldes também foram praticados, em parceria com times da modalidade vinculados a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Conforme explica Thiago Maillo, diretor do colégio, a atividade pedagógica é mais do que uma apresentação de informações. “Além da educação e instrução sobre esportes adaptados para pessoas cadeirantes, nosso objetivo também está ligado a redução de preconceitos e quebra de paradigmas”, caracteriza.
A atividade foi destaque no site do jornal Diário de Santa Maria, que ressaltou a experiência dos cadeirantes que participaram do programa. Entre eles, Kauã de Medeiros (14) e Vitória Vieira (16), que nasceram com má-formação congênita da coluna vertebral, declararam terem gostado da iniciativa da escola tanto pelo benefício destes tipos de esporte, como por ajudar a ter suas experiências mais humanizadas entre os colegas – o que também é motivo de elogio dos pais.
A atividade também chamou a atenção do aluno Luiz Vinicius Costa por conta da alegria e superação demonstradas pelas pessoas com necessidades especiais. “Me impactou muito ver a felicidade dessas pessoas porque, muita gente pensa, 'se eu estivesse nesta situação, minha vida não seria legal', mas não é assim. Essas pessoas estão aproveitando a vida delas de um modo legal, gostam de compartilhar e mostrar para as pessoas que nada é impossível para elas”, conclui. [Equipe ASN, Willian Vieira]