Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), até o fim de 2019, 79,5 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixar suas casas, devido a conflitos e perseguições. O Colégio Adventista Pinhais aproveitou o Dia Mundial do Refugiado, comemorado no dia 20 de junho, para trabalhar o tema da inclusão com os alunos promovendo como desfecho do conteúdo, uma ação solidária voltada para os emigrados. A iniciativa atendeu cerca de 900 refugiados, cadastrados na Secretaria de Ação Social de Pinhais, que receberam uma carta escrita pelos alunos e uma literatura, intitulada Esperança além da crise, do autor Mark Finley.

De acordo com a diretora da unidade de ensino, Mirian Montin, o projeto demonstrou ser uma oportunidade de aprendizado para os alunos e uma forma de mostrar amor e acolhimento às pessoas que vivem esse contexto desafiador e delicado. “A ideia é trabalharmos os sentimentos de empatia, solidariedade e responsabilidade social com nossos alunos através de ações práticas, mas que não coloquem nenhum grupo envolvido em risco, principalmente neste momento de pandemia”, explica a educadora.

Mudança de perspectiva

Foram muitas as lições aprendidas em sala de aula. Para o aluno Felipe Purkot, do 7° ano, entender o contexto fez toda diferença na forma como ele vê a situação dos expatriados. “Eu pensava antes que eles fugiam porque queriam assim mesmo, não porque necessitavam fugir. Agora eu sei que eles fogem por causa das condições deles”, destaca.

A aluna Alessandra Casanova é colega de Felipe e refugiada da Venezuela. Ela conta que esse tipo de iniciativa pode fazer a diferença na forma como são recebidos. “Eu me senti muito feliz das outras pessoas verem o que as outras estão passando, verem que é difícil”, comenta a estudante.