Estudantes de Escola Adventista publicam segundo livro
Os estudantes tiveram a oportunidade de realizar traduções, análises filológicas com doutores de outras universidades e publicar o livro com as pesquisas
O Colégio Da Faculdade Adventista da Bahia realizou o III Simpósio de Estudos em Linguagens(SELin), que movimentou estudantes e pesquisadores da área. O diferencial desta edição foi a publicação de um livro escrito pelos alunos sobre a escritora norte americana Ellen White. A abertura do simpósio apresentou o livro, quais foram os critérios para a escolha do tema e homenageou os envolvidos. Mas o ponto alto foi a apresentação de um musical sobre a vida de Ellen White, a sua contribuição para a educação adventista e uma breve história da Faculdade Adventista da Bahia, que completa 40 anos este ano.
Claudia Alves, diretora do CAB, conta que “O SELin acontece, dentre outros motivos, como uma forma de celebração do conhecimento. É um momento em que os meninos podem participar diretamente, podem apresentar o resultado das suas pesquisas. é um momento em que colocamos o protagonismo discente em alta porque eles estão envolvidos em tudo. Desde a idealização até o momento do acontecimento do evento”.
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Os estudantes do Colégio Adventista da Bahia, são incentivados e apresentados ao universo da pesquisa logo cedo. Uma parceria entre os clubes de pesquisa em linguagens e humanidades resultou na organização do simpósio de linguagens e na produção de um livro sobre as cartas de Ellen White. A produção do livro “Cartas da família White: Uma abordagem histórica, linguística e sociológica“, contou com o apoio do Centro White, localizado na biblioteca da FADBA. Os alunos deram o tratamento filológico aos manuscritos e cartas, aplicaram teorias de interpretação, tradução e escolheram um título que apresentasse a proposta e tornasse o texto acessível e compreensível aos leitores.
O evento foi transmitido ao vivo através da página do Colégio Adventista da Bahia e a cobertura fotográfica completa está na mesma página e no perfil da Faculdade Adventista da Bahia.
Gerson Rodrigues, professor do SALT e um dos idealizadores do livro, conta: “foi muito importante a contribuição que toda a comunidade acadêmica fez para a realização desse livro. Nós escolhemos algumas cartas, os alunos foram lá e ficaram perguntando para quem era a carta, quem era a pessoa e porque ela tinha sido escrita. Assim, fomos trabalhando um pouquinho a questão do contexto, da pessoa da Ellen White, o carisma que ela tinha pela sua família, a preocupação com os filhos, em escrever, e tudo isso eu via nos olhos dos meninos que eles estavam ficando satisfeitos de conhecer um pouco mais sobre Ellen White”.
A proposta do simpósio é trazer o conhecimento da área de linguagens diluídos em outras áreas do conhecimento como história, geografia, literatura. O propósito do livro é sobretudo a possibilidade de trazer o protagonismo docente para a prática. Os meninos pesquisam, escrevem e podem ter voz ativa na produção. E este já é o segundo escrito e publicado pelos estudantes daqui.
“A obra objetiva apresentar para o aluno todas as possíveis pesquisas que são feitas nessas áreas do conhecimento para que ele tenha a possibilidade de escolher o caminho de pesquisa na sua profissão. As mesas redondas, as oficinas que são feitas, as palestras... Todas elas são para mostrar o que se faz de produção científica no brasil hoje na área de linguagens e nas áreas afins”, conta o coordenador geral do evento e professor do CAB, Gilmar Costa.
O simpósio que teve como tema: "Memórias, retratos e histórias: (Re)construções de uma sociedade", recebeu convidados internacionais que apresentaram para a comunidade, a importância de se analisar o passado a fim de construir um presente e um futuro mais justo, mais humano e mais igual. Mamadou Gaye, Cônsul honorário da França e Diretor do Aliança Francesa do estado da Bahia, foi um dos convidados presentes: “Eu trouxe duas ideias principais para o simpósio: o primeiro é que precisamos sair da própria consideração pessoal e ir para assuntos mais globais e sempre se perguntar em como podemos contribuir e participar dos assuntos do dia a dia, então a questão não é quem eu sou, mas com quem vou me juntar para fazer sentido”, comenta Mamadou.
Confira um pouco do que foi o lançamento do livro no SELin: