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Escolas Adventistas na Ucrânia são lugares de refúgio em meio aos ataques

Professores estão ajudando pessoas desalojadas, fornecendo comida, abrigo e apoio espiritual


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Uma família de ucranianos dorme na sala de aula em uma das escolas adventistas do sétimo dia do país. Em poucas horas, as escolas passaram de um local de ensino presencial para abrigos de refúgio para ucranianos desalojados. (Foto: União Ucraniana)

As instituições de ensino adventistas do sétimo dia na Ucrânia estão se tornando lugares de refúgio após a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.

Em uma mensagem recente aos líderes adventistas do sétimo dia, o diretor do departamento de Educação da União Ucraniana, Kostiantyn S. Kampen, descreveu a evolução da situação das Escolas Adventistas do país.

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Kampen escreveu que muitos ucranianos foram despertados pelos ataques de foguetes e explosões na manhã de 24 de fevereiro. Elas marcaram o início do ataque da Rússia.

Nesse dia, relatou Kampen, apenas uma das 24 Escolas Adventistas da Ucrânia ofereceu aulas presenciais. As outras informaram aos estudantes e professores para não comparecerem, pois os combates aconteceram nas ruas e nos subúrbios da cidade, onde pelo menos cinco escolas adventistas estão localizadas.

No entanto, os professores adventistas fizeram grandes esforços para continuar ensinando aos seus alunos. “Apesar do decreto do Ministério da Educação declarar uma pausa de duas semanas, algumas Escolas Adventistas continuam a ensinar por meio do Zoom”, ressaltou Kampen. E ele explicou: “O ensino on-line ajuda as crianças, pelo menos até certo ponto, a preencher suas vidas com algo além de notícias sobre a guerra.”

Todavia, ele relatou que quando as crianças que assistiam as aulas presenciais passaram a estudar de forma virtual, ou deram a pausa, os edifícios escolares não ficaram vazios. Pelo contrário, eles foram transformados em lugares de refúgio.

“As salas de aula começaram a se encher com pessoas”, contou. “Nas cidades afetadas pelos combates, os edifícios escolares estão sendo usados para abrigar pessoas [que foram vítimas] do bombardeio. Em cidades mais distantes da zona de combate ativo, escolas servem como abrigo para pessoas desalojadas de outras cidades”.

Famílias abrigadas nas escolas adventistas em toda a Ucrânia recebem refeições quentes, um lugar para dormir, e outros itens básicos; enquanto esperam pelo fim da invasão. (Foto: União Ucraniana)

Kampen também informou que no sábado, 26 de fevereiro, foi a primeira vez em que algumas pessoas desabrigadas participaram de um culto. “Se as escolas precisam mover escrivaninhas e colchões das salas de aula, se os diretores das escolas precisam preparar refeições para os refugiados em vez de agendar aulas, e se os capelães precisam realizar cultos para adultos e não para crianças... estamos dispostos a fazer todas essas coisas para salvar as pessoas e cumprir nossa missão”, pontuou.

Apoio adventista em toda a região

De acordo com fontes da Divisão Transeuropeia (DTE) da Igreja Adventista, uma região que inclui vários países adjacentes à Ucrânia, líderes e membros adventistas estão agindo rapidamente para apoiar e ajudar os milhares de ucranianos que chegam às suas fronteiras orientais todos os dias.

Fontes da Comunicação da DTE informaram que a União Polonesa (UP) está abrindo casas e igrejas para acomodar pessoas da Ucrânia. “Eu enviei um apelo especial para todas as igrejas”, destacou Ryszard Jankowski, presidente da UP. “Estamos pedindo às pessoas para abrirem seus corações, lares e carteiras para nossos amigos da Ucrânia.”

A UP criou uma comissão especial para ajudar pessoas desalojadas durante esta crise. “Nós ainda temos que enfrentar muitos desafios, mas pela graça de Deus vamos superá-los. No próximo sábado, durante nosso culto, dedicaremos um tempo para orar pela Ucrânia. Também oraremos durante a semana”, explicou Jankowski.

Professores e funcionários se moveram rapidamente para abrigar o maior número possível de famílias desalojas. (Foto: União Ucraniana)

A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) na Hungria também está pronta para receber refugiados, informou a Comunicação da DTE. “As igrejas locais estão abertas; temos um Acampamento Bíblico a 80 quilômetros da fronteira ucraniana. A capacidade é para pelo menos 50 pessoas. Há aquecedores, cozinha e banheiros”, relataram os líderes da ADRA.

O escritório da União Húngara também estará aberto para receber refugiados, disseram os dirigentes da Igreja.

Os escritórios da ADRA na Europa começaram a arrecadar fundos no dia 25 de fevereiro, apenas 24 horas após o início da invasão. Diretores do braço humanitário da Igreja Adventista na Europa relataram que, além de receber os refugiados, a agência está encontrando maneiras de trabalhar dentro da Ucrânia, apesar dos grandes desafios. “Equipes adicionais já estão a caminho para reforçar a capacidade de assistência”, informou a ADRA Europa. “Haverá uma grande operação para apoiá-los assim que possível”.


Lisa Beardsley-Hardy e Vanessa Pizzuto contribuíram com este informativo.

versão original desta notícia foi publicada pela Adventist Review.