Escola Sabatina Viva engaja membros na missão bíblica de salvação
Projeto mundial da Igreja Adventista acentua importância das Unidades de Ação não apenas nas congregações, mas também nos lares.
Após a pandemia de Covid-19, a Igreja Adventista do Sétimo Dia do Jardim Olga Veroni, em Limeira, São Paulo, enfrentou desafios para que os membros voltassem a frequentá-la com a mesma intensidade dos dias pré-pandêmicos. Para mudar essa realidade, a direção da Escola Sabatina e o pastor local, em parceria com a Associação Paulista Central (APaC) e União Central Brasileira (UCB), sedes administrativas da Igreja Adventista, implantaram o projeto Escola Sabatina Viva, cujo propósito é inspirar alunos e impulsioná-los a compartilhar a fé em Jesus por meio das Unidades de Ação e Pequenos Grupos.
Pouco tempo depois, os membros estavam envolvidos e ativos na missão. A igreja não apenas voltou à normalidade dos cultos presenciais, como também cresceu. Iniciativas, como Pequenos Grupos e ações comunitárias trouxeram bons resultados.
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É o que conta Wellington Lima, diretor da Escola Sabatina da Igreja Jardim Olga Veroni, junto ao pastor local Claudiomar Nascimento. “Trabalhamos para ver nossa igreja crescer e a Escola Sabatina foi fundamental para que isso acontecesse”, testemunharam na I Convenção da Escola Sabatina Viva, promovida pela UCB.
Convenção de Escola Sabatina
O evento, realizado neste domingo, 18, no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo, reuniu cerca de 1.200 diretores e professores de Escola Sabatina e pastores que atuam nas igrejas adventistas em cinco territórios do Estado (Associação Paulistana, Associação Paulista Leste, Associação Paulista Sul, Associação Paulista Sudeste e Associação Paulista do Vale. Os outros três territórios, Associação Paulista Oeste, Associação Paulista Sudoeste e Associação Paulista Central já realizaram a convenção localmente).
O programa contou com momentos de interação, testemunhos, apresentação da realidade da Escola Sabatina nos territórios representados nesta convenção, participações musicais e a presença dos pastores Luís Mário, vice-presidente sul-americano da Igreja Adventista; Bill Quispe, diretor do departamento de Escola Sabatina para oito países sul-americanos; Mauricio Lima, presidente da Igreja Adventista para o Estado de São Paulo; Gilnei Abreu, diretor financeiro da Igreja para o Estado; Cândido Gomes, líder de jovens adventistas do Estado paulista, além dos presidentes e líderes de Escola Sabatina das associações.
Propósito maior
Pela manhã, Mauricio Lima extraiu lições da história bíblica relatada em João 4, quando Jesus conversou com uma mulher samaritana, e aplicou à atualidade. “Diariamente aquela mulher buscava água no poço. Ela voltava para casa com o cântaro cheio, mas com o coração vazio. Até encontrar Jesus e Ele lhe oferecer a água viva. A partir dali, o coração dela foi preenchido. Todos os sábados, milhares de pessoas chegam à igreja com o coração vazio e Deus quer preencher esses corações através de nós, através da Escola Sabatina”, disse.
Bill Quispe destacou dados históricos de como a Escola Sabatina iniciou, em 1852, quando Tiago White escreveu e publicou as primeiras lições. Já Luís Mário enfatizou a importância da empatia e do acolhimento que os cristãos devem praticar por meio do pastoreio na Escola Sabatina.
O evento ainda contou com o batismo do casal hispano Benigno e Zuma e do Amauri, que são frutos do trabalho da Escola Sabatina e agora passam a atuar para que outras pessoas também conheçam as verdades bíblicas.
Ao longo da convenção, os participantes também entenderam que ao se reunirem aos sábados na igreja no período da Escola Sabatina, as Unidades de Ação não apenas recapitulam o estudo semanal da Lição, mas têm algo a mais a fazer: testemunhar a missão realizada na semana que passou e planejar a missão da semana que está por vir.
Escola Sabatina Viva
Conforme o pastor Edimilson Lima, diretor de Escola Sabatina para São Paulo e idealizador do encontro, a convenção é uma celebração e um chamado à missão para uma Igreja Viva forte, por meio do que é considerada “o coração da Igreja Adventista”: a Escola Sabatina. “Começamos a trabalhar com a Escola Sabatina Viva há cerca de um ano e meio em algumas igrejas e vimos muitos resultados positivos. Por isso, hoje, nosso objetivo é implementá-la em todas as congregações”, afirma Lima.
O objetivo da Escola Sabatina Viva é inspirar alunos e motivá-los a compartilhar a fé cristã por meio dos membros adventistas a partir das Unidades de Ação (classes de Escola Sabatina) e Pequenos Grupos. O tripé da Escola Sabatina Viva se resume em:
- Estudo da Bíblia e Oração
- Pastoreio e Companheirismo
- Solidariedade e Missão
Nos momentos finais do evento, algumas deliberações foram tomadas em consenso para a implantação e bom funcionamento da Escola Sabatina Viva nas igrejas locais. São elas:
- Classe dos Professores como base de encontro e capacitação semanal para a direção e professores;
- Pastoreio e resgate aos afastados através das Unidades de Ação/Pequenos Grupos (UA/PG) sob a coordenação dos professores;
- Duplas e Instrutores nas Unidades de Ação, cadastrados no Através de Nós (ATN);
- Pequenos Grupos das Unidades de Ação como estrutura de companheirismo e estratégia missionária;
- Professores Missionários como modelo a ser seguido pelos alunos das UA/PG,
- Uso integral do cartão de chamadas a cada sábado, utilizando as ferramentas disponibilizadas, como nomes das pessoas pelas quais os alunos estão orando e dando estudos bíblicos, nomes a serem resgatados e pastoreados, compromissos para a semana, entre outros;
- Assinatura e estudo da Lição e como objetivo para a comunhão diária;
- Pastoreio aos membros e professores na Escola Sabatina através da diretoria e professores;
- Solidariedade na Escola Sabatina através das Unidades de Ação em total parceria com a ASA;
- Pastores não devem pregar sermões no lugar da Escola Sabatina, mas participar e valorizar o momento;
- Anciãos e diretores de departamentos devem participar ativamente nas UA no horário da Escola Sabatina;
- Troféu Escola Sabatina Viva acontecendo nas Associações, com ênfase na Comunhão, Relacionamento e Missão.
Lima acrescenta que para uma Escola Sabatina Viva funcionar são necessárias três pessoas: o pastor, o diretor e o professor. “A Escola Sabatina Viva cumpre o propósito pelo qual foi designada pelo Céu. Nela deve haver comunhão, relacionamento e missão. Como Unidade de Ação, oferece muita bênção, mas só é completa quando a comunidade que se reúne nas igrejas também se reúne nas casas”, completa.
Para Wellington Lima, citado no início desta reportagem, para obter sucesso na Escola Sabatina Viva e em outras frentes missionárias é necessário buscar o Espírito Santo constantemente, estudar diariamente a Lição da Escola Sabatina e se envolver na missão bíblica de salvação. “Você verdadeiramente será um cristão se proporciona o amor de Cristo a outras pessoas. Aqui não é o nosso lar, e você pode influenciar pessoas para encontrar Cristo lá no Céu”, finaliza.