Escola desenvolve projeto para prevenir gravidez precoce
Iniciativa durou uma semana e os alunos tiveram que cuidar de um “bebê” durante todo esse período
Alunos do 8º ano do Colégio Adventista de Florianópolis – Unidade Estreito tiveram uma experiência diferente na semana passada. Tiveram um filho! Não literalmente, mas ilustrativamente, para entenderem as responsabilidades da gravidez precoce. “Ter um filho é uma bênção, são herança do Senhor, como está escrito na Bíblia. Mas há um momento correto, que é com a formação natural de uma família em idade madura”, explica a professora Dolores Rosa, diretora escolar.
O projeto aconteceu do dia 12 ao dia 16 de junho e envolveu todas as 10 disciplinas curriculares. Os alunos tiveram que calcular custos de um bebê (matemática), reprodução humana (ciências), o plano de Deus para a família (ensino religioso), produção da certidão de nascimento (português), vacinação, entre outros temas. Os adolescentes ainda confeccionaram um bebê a partir de um saco de arroz de 5 quilos na aula de artes. Assim, durante toda a semana, inclusive em casa, eles carregaram este bebê.
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Às vezes, uma gravação de choro de bebê na escola era acionada e todos davam atenção aos seus bebês e até as fraldas foram trocadas. “Eles acham divertido. Mas desenvolveram afeto. E o melhor, a conscientização e os riscos de uma gravidez na adolescência. A mensagem está sendo plantada”, ressalta Dolores. No Brasil, o índice de gravidez na adolescência é hoje 2% maior do que na última década; as meninas de 10 a 20 anos respondem por 25% dos partos feitos no País, segundo o Ministério da Saúde.
Para os pais da unidade escolar, essa experiência foi enriquecedora: “O projeto trouxe ao Vinícius uma outra impressão a respeito das responsabilidades que envolvem o cuidado de um bebê. Aqui em casa abraçamos o projeto e, como família, incentivamos nosso filho a assumir todas as responsabilidades que a paternidade demanda. Ao final da semana, ele confessou que estava cansado e que não imaginava que cuidar de um bebê de arroz seria tão cansativo, quem dirá um de verdade”, ressalta Mirian Coelho, mãe do aluno Vinícius Miosso Coelho.
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