Escola adventista realiza ação com foco na prevenção do suicídio
A iniciativa objetiva sensibilizar a comunidade e colocar em prática o conhecimento adquirido pelos alunos em aulas virtuais.
Desde 2015, setembro é o mês mundial de conscientização sobre suicídio. Foi pensando na importância de debater o assunto com os estudantes, que a Escola Adventista de Fazenda Rio Grande discutiu o tema nas aulas virtuais. De acordo com a diretora da unidade educacional, Dolores Rosa, a temática foi abordada de forma interdisciplinar. “Os alunos estão percebendo o quanto é necessário falar sobre esse assunto e derrubar os tabus que podem existir. São momentos importantes onde o aluno desenvolve a sua autoestima e fica fortalecido, inclusive, para ajudar outras pessoas”, afirma a educadora.
Para a aluna do 8° ano, Heloysa da Silveira, a abordagem sobre suicídio e depressão foi uma oportunidade extraordinária para muitos colegas. “Eu sei que existem pessoas que não se abrem e tratar esse assunto em sala de aula foi muito importante para que elas vejam que não estão sozinhas”, observa a estudante.
E foi assim, munidos de conhecimento e balões amarelos com mensagens de apoio que na última sexta, 18, eles ficaram em frente à escola para abordar quem passava por ali. A praça em frente à prefeitura da cidade foi outro ponto que recebeu a ação. “Achei super legal, é importante sim, porque com um gesto desses vocês podem até salvar uma vida”, comenta a professora Josi Oliveira que passava pelo local e foi surpreendida com um balão e uma conversa.
Segundo o prefeito de Fazenda Rio Grande, Márcio Wosniak, esse tipo de atividade de conscientização é fundamental para levar mais conhecimento a população. “Fazenda Rio Grande tem números altos de suicídio. Tivemos aqui histórias horríveis que foram noticiadas no mundo todo e a gente vê isso com muita preocupação, destaca.
Para o auxiliar de serviços gerais, Jaison Calixto, que perdeu uma conhecida no último mês por suicídio, falar sobre o assunto pode contribuir para uma mudança no número de mortes. “Então, eu acho que quanto mais campanhas existirem, como o Setembro Amarelo, pode ajudar a diminuir os casos, porque uma pessoa não merece tirar a própria vida”, explica.