Encontro nacional reforça as bases do criacionismo
A Complexidade do Mundo Vivo e as Digitais do Criador foi o tema do evento que reúne a cada três anos cientistas, pesquisadores, estudiosos e leigos em defesa da cosmovisão cristã.
São Paulo, SP... [ASN] No meio educacional comum, o criacionismo ainda é visto de certa forma como proselitismo religioso. A cosmovisão cristã não é aceita como uma proposta para a explicação e estudo sobre a origem da vida. No entanto, pesquisas recentes no âmbito das ciências naturais têm demonstrado, de forma cada vez mais inequívoca, a intrincada rede de processos químicos e bioquímicos subjacentes à engenharia altamente sofisticada responsável pela geração, desenvolvimento e adaptabilidade dos seres vivos ao seu meio, seja no nível macroscópico ou microscópico.
Ao observar as estruturas, os mecanismos presentes nos seres vivos e o que foi preservado através dos registros fósseis, para os cientistas que defendem a Teoria do Design Inteligente, a perfeita organização encontrada na natureza e as condições favoráveis ao surgimento da vida, seriam resultado da ação de uma mente superior.
A temática envolvendo as evidencias de design na estrutura do universo foi apresentada pelo doutor James Gibson, diretor do Instituto de Pesquisa em Geociência da Universidade de Loma Linda na Califórnia, EUA, durante o 8º Encontro Nacional de Criacionistas. O evento ocorreu entre os dias 21 e 24 de janeiro no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). Acompanhe a matéria em vídeo sobre o evento:
https://youtu.be/OQeqoRGOQPg
O doutor Gibson defende que para ser possível explicar a origem da vida, é preciso considerar essa teoria como uma opção válida. “Se o objetivo é explicar a origem da vida e você exclui o Design Inteligente ou a criação, você definitivamente não terá uma boa explicação. Porque a explicação envolve Deus. Se sua meta é utilizar completamente a ciência secular que não quer incluir a existência de Deus sob quaisquer circunstâncias, haverá algumas perguntas que você simplesmente não terá resposta”, pontua.
O encontro reuniu cerca de 400 estudiosos de diferentes áreas e interessados que discutiram a complexidade do mundo vivo e as digitais do criador. Os especialistas compartilharam experiências e descobertas científicas sob a cosmovisão criacionista.
Ao apresentar alguns de seus estudos no campo da Geologia, a doutora Suzanne Philips, chefe do departamento de Ciências Biológicas e da Terra da Universidade de Loma Linda, reforça que algumas descobertas alinhadas à visão criacionista são reconhecidas e legitimadas no meio científico, não chegando a ser refutadas por cientistas seculares.
Por outro lado, “há muitos dados que suportam a evolução, mas também há muitas evidências que suportam a Bíblia. Aparentemente, eles não são suficientes para eles (os cientistas seculares) deixarem suas ideias, mas deveriam ser suficientes para nós firmarmos nossa crença na Bíblia”, defende a doutora Suzanne Philips.
Centro de estudos criacionistas nas Ilhas Galápagos
A bióloga Mônica Cecilia Soria esteve pela primeira vez no Brasil para participar do 8º Encontro Nacional de Criacionistas e compartilhar um pouco de sua experiência. Mônica Cecilia Soria é hoje uma pesquisadora criacionista, co-fundadora do primeiro Grupo de Investigações em Criacionismo de Galápagos. Sua participação foi um dos pontos altos do evento promovido pelo Unasp.
Em um momento de sua história de vida, sua avó e sua mãe tornaram-se criacionistas e adventistas do sétimo dia. “Pude ver nelas uma mudança em suas atitudes, e a forma de viver delas me impressionou”, comenta. Ao olhar para a complexidade dos seres marinhos e terrestres que vivem na ilha, a bióloga, hoje, enxerga os detalhes como evidencias de um criador. São seres bem feitos que puderam passar por pequenas adaptações de acordo com seu ambiente. “Fico cada vez mais maravilhada ao estudar os livros de biologia molecular, a complexidade de um cérebro, por exemplo. Encontra-se muito mais respostas de um ponto de vista criacionista do que um ponto de vista evolutivo”, afirma a bióloga.
A criação do primeiro centro criacionista das Ilhas Galápagos é o sonho de Mônica, compartilhado por Johanna Castañeda e Daniel Alencar, fundadores do primeiro Grupo de Investigações em Criacionismo do arquipélago em abril de 2015. Os pesquisadores querem oferecer a oportunidade para a realização de estudos e difusão do criacionismo no arquipélago. O projeto tem recebido apoio da Sociedade Criacionista Brasileira e da liderança sul-americana da Igreja Adventista.
O conteúdo das principais palestras do 8º Encontro de Criacionistas está disponível online na página oficial do evento em www.unasp.edu.br/criacionismo. Para mais informações, eventos criacionistas, publicações e cursos disponíveis acesse o site oficial da Sociedade Criacionista Brasileira: http://www.scb.org.br . [Equipe ASN, Ana Paula Ramos com colaboração de Murilo Pereira]