Cada vez mais as mulheres buscam conquistar espaços mais altos na sociedade, sem renunciar à maternidade e a vida a dois. Mas como é possível conciliar tanta coisa e se manter plena?

De acordo com a psicóloga Eliane Melo, a organização que é já é uma marca feminina nessa hora entra em ação e precisa ser lapidada dia a dia para que a mulher consiga dentre tantas atividades encontrar tempo para se amar. “Acordar cedo, preparar filho e marido para as rotinas deles, cuidar da casa, da alimentação da família, da vida espiritual e ainda está linda e plena em suas atividades profissionais, não é uma tarefa fácil, mas nós sabemos administrar bem o tempo, quando focamos nisso,” destaca ela.

Não é apenas querer e tudo vai acontecer, ela orienta que mais do que pôr no papel é preciso pôr em prática. “É preciso dar o primeiro passo, se cobrar sim, mas de uma forma positiva, e o mais importante nessa rotina, é o tempo exclusivo para você, como ir ao salão de beleza, uma massagem relaxante,” destaca.

Esses foram alguns dos assuntos abordados durante o Congresso Mulher Mais Plena que reuniu cinco mil mulheres em Manaus, entre os temas abordados a sexualidade também foi destaque. “Pesquisas apontam que quase 80% das mulheres nunca sentiram um orgasmo e isso é muito preocupante, pois o sexo foi criação de Deus para nós” explica a psicóloga.

O tema apesar de recorrente é pouco falado no meio cristão, o que acaba de alguma forma contribuindo para relações cansadas ou até doentes. “As pessoas acham absurdo falar sobre sexo na igreja, o sexo é uma criação de Deus, precisamos sim falar sobre isso, quantos casais infelizes existem dentro da igreja por conta desse pensamento?”

Eliane destacou ainda que a mulher para ser plena precisa ter um tempo saudável diário com Deus, para evitar inclusive excessos durante a TPM, somado a atenção aos cuidados básicos com o corpo e mente são essenciais para manter uma vida mais plena. “Nós mulheres somos privilegiadas em poder gerar vida, Deus nos ama e nós precisamos lembrar disso nos dias que os hormônios querem nos matar”, finalizou a psicóloga.

Impactante

A dona de casa Rose Baeta, 58, saiu impactada do evento, “Tudo aqui foi um presente de Deus para nós, nos fez compreender ainda mais o quanto somos valiosas, o quanto podemos fazer para que nossos lares se tornem, de fato, um pedacinho do céu. Palestras como essas com assuntos   abertos (colocadas muitas vezes como tabus por nós mesmas), são necessárias até mesmo para nos posicionarmos diante de situações de enfrentamento contra abusos, violência física, psicológica e emocional”, pontuou ela.

Para uma das organizadoras do Congresso deste o tema até as palestras fora pensado exatamente com esse propósito, despertar as mulheres que são missionárias natas, também para questões muito importantes que se não tratadas podem adoecer a alma. “Estou muito feliz em vê-las felizes e prestando atenção, anotando tudo, sorrindo e participando, as perguntas enviadas a palestrante é termômetro para nós e pode ser até um grito de socorro em alguns casos”, destaca Meiryanny Morais, líder do Ministério da Mulher para a região Leste do Amazonas.

Detalhes

Alguns detalhes não passaram despercebidos pelas participantes, elas receberam na entrada do auditório, uma sacola com brindes e lanche. “A bolsa personalizada, o livro superinteressante, barrinha de cereal e biscoito saudáveis, realmente me senti importante”, conta Lillian Farah, que começou a estudar a Bíblia no evangelismo da Mulher.

Valorização

Valorizar e estimular a mulher cristã ter uma vida mais leve como ensina a Bíblia, esse foi um dos objetivos do encontro. “Queríamos celebrar com essas mulheres missionárias o mês de outubro de evangelismo da mulher, que foi incrível, elas amam a obra e se envolvem muito na missão, mas elas precisam estar bem com elas mesmas e por isso trouxemos essas palestras para que elas sejam plenas de fato e assim possam se desenvolver com alegria, algumas já me deram retorno de que estavam com crises no casamento e já vão procurar ajuda”, ressalta a líder do Ministério da Mulher para as regiões Norte e Centro-Oeste do Amazonas, Vera Suci.

O momento de foi celebração depois de três anos do último Congresso para mulheres, para a líder do Ministério da Mulher da Divisão Sul-americana, Jeanete Lima, momentos como esses são valorosos para o avanço da missão. “Essas mulheres estão em todos os movimentos da igreja, independente do ministério, então precisamos valorizá-las com encontros onde elas possam dedicar tempo para pensar nelas também”, frisou a líder.

“Sempre reunimos nossa liderança com propósito missionário e aqui não é diferente, porém elas estão indo além, estão pensando nelas como mulheres, pensando no relacionamento, aprendendo como melhorar e isso é ótimo para o crescimento de cada uma, sem dúvida isso vai impactar na vida espiritual delas”, destacou Cristiane Caxeta, líder do Ministério da Mulher para os estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.