Do escritório para a estrada rumo ao Rio Grande do Sul
Eliézer Lemões é tesoureiro-assistente, mas não se acomodou e decidiu fazer uma viagem de 1.600 quilômetros
Mais um caminhão está partindo com donativos para o Rio Grande do Sul. É o 17º caminhão que segue para auxiliar os atingidos pelas enchentes no estado vizinho. A doação irá agora para a cidade de Rio Grande (RS), mas havia um problema: o caminhão estava disponível, o diesel comprado, mas não havia motorista. O que fazer? Foi nessa hora que o tesoureiro-assistente Eliezer Lemões disse: “Eu tenho habilitação para esse caminhão. Se vocês me liberarem, eu posso ir”.
Imediatamente ele foi autorizado e partiu nesta quinta-feira na companhia de outro colega de trabalho. Eliezer é formado em Ciências Contábeis com especialização em administração, mas na juventude tirou a habilitação E, que é necessária para dirigir esse tipo de veículo. “A gente está pronto para ajudar. A missão no escritório é muito importante, mas essa também é. Por isso, estou partindo para esses 1.600 quilômetros”, explica o Lemões, que auxilia no gerenciamento da sede administrativa da Igreja Adventista no centro sul de Santa Catarina.
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Essas doações estão indo para Rio Grande, uma das cidades que sofreu com as enchentes e continua enfrentando problemas com as chuvas. “A maioria das doações estão indo para a região mais central do Rio Grande do Sul. E a demanda é grande, realmente. Mas no sul do estado recebemos a ligação de um conjunto de igrejas clamando por ajuda. É uma congregação recém-formada. Eles precisam de água, comida e roupas quentes. Por isso, esse caminhão está indo com tudo isso”, acrescenta o pastor João Nicolau, líder da Ação Solidária Adventista no centro-sul catarinense. Atualmente, o garrafão de água potável na região de Pelotas, quando encontrado, está custando R$ 80,00.
David Franco também embarcou na viagem e é o "co-piloto" de Eliezer, que estará apoiando na entrega dos mantimentos e no auxílio para fazer companhia ao motorista. “Somos teólogos, arquitetos, contadores, administradores, mas acima disso somos missionários e levar mantimentos para quem perdeu tudo é o nosso dever”, conclui o pastor Paulo Lopes, presidente da Igreja Adventista nessa região de Santa Catarina.
