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Inclusão

Empresários financiam literatura cristã a detentos do Espírito Santo

Projeto Libertos já adquiriu 1 mil exemplares do Grande Conflito para entregar em 2022.


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Consultor do Instituto Vida durante visita a uma empresária em Linhares (Foto: André Azevedo)

Empresários capixabas estão financiando literaturas cristãs para detentos em Unidades Prisionais no Espírito Santo. Estima-se que somente neste ano mais de mil exemplares do livro O Grande Conflito, de autoria da escritora Ellen White, sejam distribuídos ao grupo. A entrega já começou e é feita junto a um trabalho desenvolvido de maneira integrada por pastores que trabalham como evangelistas e o Ministério de Publicações.

Outubro foi o mês escolhido para celebrar o Dia Nacional do Livro em homenagem à Biblioteca Nacional, fundada nesta mesma data, mas no ano de 1810. Desde a década de 60, o dia 29 de outubro vem sendo reservado para fortalecer o incentivo à leitura no Brasil, cujos índices são bem limitados. A leitura é capaz de libertar a imaginação em qualquer circunstâncias, até mesmo dentro de um presídio.

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Através do Ministério de Publicações, o Projeto Libertos vem ganhando espaço entre os consultores do Instituto Vida. Esses profissionais passam de empresa em empresa oferecendo conteúdos educacionais e de desenvolvimento pessoal e espiritual em diversos lugares do Espírito Santo. Diante da apresentação, surge a oportunidade de o empresário colaborar com o custeio de um livro cristão destinado para detentos de penitenciárias capixabas.

Centro de Detenção desenvolve inúmeras atividades para ressocialização dos detentos (Foto: André Azevedo)

Pastores em presídios

Nossa equipe de Comunicação visitou um Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares (CDRL) para acompanhar a entrega de parte desses materiais. O trabalho é integrado junto ao Ministério de Evangelismo porque semanalmente um pastor é designado para realizar as visitas aos presos. Nesta unidade, o pastor Jhonatan Lopes é quem realiza o acompanhamento.

"A dinâmica de visitação aqui no presídio acontece às segundas-feiras, de 9h às 11h. Nós temos um contato presencial com os internos, o que chamamos de assistência religiosa", corrobora Lopes.

Mais de 1 mil exemplares serão entregues ao longo do ano nas penitenciárias do Espírito Santo (Foto: André Azevedo)

A assistência religiosa elencada por Lopes é uma prerrogativa de todas as denominações que se intercalam, por meio de uma escala, a fim de que todas tenham a oportunidade de visitar o local.

"O trabalho religioso executado hoje no centro de ressocialização tem como objetivo minimizar os impactos tanto disciplinares, como as faltas, que a gente vem reduzindo bastante, e abranger a todos, na qualidade de todos terem o acesso à assistência religiosa", destaca Juliana do Espírito Santo, assistente social do CDRL.

As visitas religiosas costumam abrandar o comportamento dos detentos, que aliado à leitura, auxiliam na redução de pena.

Pastor Jhonatan durante a entrega dos livros em uma de suas visitações (Foto: André Azevedo)

Vidas transformadas

O diferencial do trabalho realizado na Igreja Adventista do Sétimo Dia nestes ambientes vem em forma de leitura. O projeto Libertos assume o papel de evangelizar ao mesmo tempo que estimula o intelecto dos presidiários para que eles saiam preparados para lidar com a sociedade e com o mercado de trabalho.

"Esses projetos religiosos impactaram a minha vida e me fizeram conhecer a Jesus. Hoje as pessoas não me veem da forma que me viam antes", explica um dos reclusos, que não pode ser identificado por questões de segurança.

Em conversa com os detentos, eles relatam o impacto positivo no projeto na transformação de vidas (Foto: André Azevedo)

Ele conta que agora é um dos responsáveis por promover as atividades espirituais dentro do reformatório. Prestes a terminar sua pena, ele explica que tem vontade de continuar pregando na comunidade em que vive e para os presidiários que permanecerem no local.

O pastor Paulo Alberto Leite, que atua em Linhares, território que abriga um desses presídios, reforça o cuidado que os templos precisam ter com este grupo marginalizado. Ele lembra que a Bíblia convida os fiéis a visitarem os que estiverem enfermos, despidos e presos, porque Jesus se identifica com estes grupos.

"Jesus terá expectativas simples em relação à nossa missão. Quando estive preso, ele vai dizer, "fostes me visitar"", parafraseia.

Veja mais detalhes do projeto no vídeo abaixo: