Educadores e pastores europeus estudam a criação na Islândia
Grupo reuniu pesquisadores e aprofundou compreensão sobre o criacionismo
Hlíðardalsskóli, Islândia... [ASN] Talvez, até este mês, um grupo de educadores e pastores adventistas do sétimo dia pensassem que lava era apenas lava: o magma que escorre dos vulcões, destruindo tudo o que está em seu caminho.
Agora eles têm maior conhecimento, depois de passar uma semana em uma ilha formada, quase que inteiramente, de lava – uma experiência que prontamente pode tornar qualquer pessoa em um especialista, particularmente por serem acompanhados por um geólogo local.
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Ao todo 75 pessoas se reuniram na Islândia neste mês para uma importante conferência sobre fé e ciências organizada pelo Geoscience Research Institute da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
O organizador do evento e diretor do Instituto, L. James Gibson, ressalta que a natureza e beleza ímpares da Islândia podem ter tornado especialmente fácil atrair os palestrantes para a versão europeia da Conferência Fé e Ciência, em Hlíðardalsskóli, localizada a 45 km ao leste da capital da Islândia, Reykjavik. Além de um geólogo local, entusiasta e conhecedor, 14 especialistas apresentaram palestras sobre as placas tectônicas, fósseis e a coluna geológica, e sobre temas práticos que afetam diretamente a sala de aula.
Nina Bergene, professora de Ciências na escola Tyrifjord, na Noruega, reconheceu que havia chegado ali um tanto cética a respeito da conferência, mas que acabou satisfeita com os resultados. “Eu não estava preparada para o elevado padrão dos dados científicos”, pontua Bergene. “Eu era um tanto crítica. Mas a forma como apresentaram os dados e o fato de serem muito humildes quanto à interpretação dos dados; isso foi muito bom.”
Essa humildade foi exemplificada por Leonard Brand, professor de Biologia e Paleontologia, da Universidade Loma Linda. “Se tivéssemos todas as respostas, iríamos dá-las a vocês”, explicou em uma apresentação. “Não temos todas as respostas. Há muitas perguntas. Mas é por isso que seguimos realizando pesquisas.”
Embora isso seja verdade para a ciência da criação, o mesmo se aplica à visão mundial evolucionista, destaca Gibson. “A visão mundial evolucionista também não tem todas as respostas”, afirma. “Ambas as visões têm muito a descobrir.”
Panorama da criação
Raúl Esperante, paleontologista do Geoscience Research Institute, localizado em Loma Linda, Califórnia, fez uma reflexão profunda sobre como a evolução é apresentada nos livros didáticos e demonstrou como o ensino, muitas vezes, está apegado a modelos antigos, que nem mesmo são reconhecidos pela ciência evolucionista moderna. Noemi Duran, nomeada recentemente como representante do Instituto na Europa, efervescia de entusiasmo ao falar como os valores positivos da visão mundial criacionista podem reforçar os muitos aspectos da aprendizagem na escola, na igreja e no lar.
Suzanne Phillips, coordenadora do Departamento de Ciências Biológicas e da Terra na Universidade de Loma Linda tocou no assunto de estrutura molecular e considerou como os ínfimos mecanismos moleculares apontam para o Criador.
“Toda vez que aprendo sobre um novo processo, sinto que aprendo algo novo a respeito de Deus”, ela observa. Como bióloga, acrescentou, “tenho o privilégio de estudar a respeito de Deus mais do que qualquer teólogo”.
Os dias dos participantes foram preenchidos com relatórios de pesquisa, discussão sobre datação de radioisótopos, teologia da criação, sessões de perguntas e respostas, saídas de campo e períodos devocionais. O professor norueguês Rene Havstein apreciou o fato de ser capaz de “conversar com os cientistas e com pessoas que têm conhecimento muito maior do que o meu e que também creem na Bíblia”.
Já Sharon Sinclair, professora na Escola Stanborough, na Inglaterra, ficou feliz por receber mais evidências científicas que confirmam a Criação que poderá compartilhar com seus alunos.
O Geoscience Research Institute organizou conferências similares no passado. Entre as maiores esteve a Conferência Internacional sobre a Bíblia e Ciência, realizada por cerca de dez dias, em St. George, Utah, e Las Vegas, Nevada, em agosto de 2014.
Artur Stele, vice-presidente mundial da Igreja Adventista mundial, acrescenta que sente orgulho dos estudiosos aplicados da Igreja e feliz por vê-los compartilhando sua pesquisa com educadores e pastores. [Equipe ANN, Victor Hulbert]