Educação Adventista no Sul do Paraná se dedica aos alunos com necessidades especiais
Coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, diretores e vice-diretores das escolas estão sendo capacitados para melhor atender este grupo especial.
Curitiba, PR... [ASN] As escolas em todo o país têm se adequado nos últimos anos para receber alunos que possuem necessidades especiais educacionais. Diante desta realidade cada vez mais presente, a Educação Adventista no Sul do Paraná também está se preparando e capacitando seus coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, diretores e vice-diretores para trabalhar com este grupo e permitir a inclusão.
A professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Dra. Dulce Bais, aponta que a educação social na perspectiva inclusiva é uma realidade brasileira, já que isso está na política nacional de educação especial, e que as escolas, independentes de serem públicas ou privadas, precisam capacitar seus professores e sua equipe pedagógica no sentido de atender todos os alunos com necessidades educacionais especiais.
Dulce que é Mestre em Psiquiatria e Saúde Mental e Doutora em Educação, ainda cita os principais tipos de necessidades que são consideradas especiais na área da educação, como “os alunos que têm transtornos funcionais (dislexia, disgrafia, disortografia, déficit de atenção, ou hiperatividade), deficiências sensoriais (visual, auditiva, entre outras), dificuldade motoras (escrita por razão motora, dificuldade de andar), deficiência intelectual (autismo, altas habilidades e superdotação).”
Por esta razão, os professores precisam conhecer as funções mentais, entendendo como o aluno aprende, a fim de adequar o seu jeito de ensinar. “O desafio do professor é identificar e conhecer esse jeito diferente de aprender do aluno”, afirma Dulce.
A capacitação com a equipe da Educação Adventista é composta de quatro reuniões que tratam desde a legislação e documentos que normatizam este assunto, até como realizar a educação especial na escola e os recursos multifuncionais que precisam ser adquiridos para isso. As adequações para atender o aluno com necessidades especiais são de curto a longo prazo, que inclui adaptações curriculares e estruturais na escola.
A inclusão do aluno, de acordo com Dulce, é benéfica para o seu desenvolvimento e progresso na aprendizagem, pois colocando-o em uma sala comum ele tem a referência de colegas com um potencial de aprendizagem superior ao dele, servindo como um elemento mobilizador. Além disso, essa preocupação da escola em fazer a sua parte pode trazer resultados positivos também no futuro. “A partir do momento que ele (o aluno) tem a oportunidade de ser incluído na escola, o passo seguinte é a inclusão social. Isso fará toda a diferença na vida desta pessoa já quando adulto, dando a possibilidade de se inserir no próprio mercado ou mesmo frequentar uma universidade, dentro daquilo que está no alcance dele e garantir sua autonomia cidadã”, conclui a professora. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin]