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Do Pantanal à África: voluntariado adventista inspira solidariedade e fé

Médica sul-mato-grossense destaca lições de humanidade ao participar de projetos da Igreja Adventista no Brasil e no exterior.


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Isavelle residiu no Benin como voluntária durante um ano. (Foto: Divulgação)

Neste Dia Mundial do Voluntariado, celebrado em 5 de dezembro, histórias como a de Isabelle Carolina Basualdo Pedreira revelam o impacto de dedicar tempo e talento para ajudar o próximo. Médica formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e atuante em Dourados-MS, Isabelle alia sua formação profissional à sua fé, vivida por meio do trabalho voluntário em diversas iniciativas da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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Com experiências marcantes no Pantanal Sul-Mato-Grossense, na Guiné-Bissau e no Benim — onde residiu por um ano —, Isabelle se une a uma rede global de solidariedade promovida pela Igreja Adventista, que organiza ações humanitárias por meio de programas como o SVA (Serviço voluntário Adventista) a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) e o trabalho da Ação Solidária Adventista (ASA) entre outros.

(Foto: Divulgação)

Embora o trabalho voluntário envolva apenas uma parcela da população brasileira — 4,2% ou 7,3 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) de 2022 —, a prática tem crescido, com destaque para o Centro-Oeste. Em média, os voluntários brasileiros dedicam 6,6 horas semanais às atividades, e 86,4% realizam esse trabalho por meio de empresas ou organizações.

Isabelle Pedreira é um exemplo vivo do impacto das iniciativas adventistas no voluntariado. Para ela, a prática vai além da solidariedade: é um reflexo de sua fé. “Acredito que o voluntariado transforma o ser humano, abre as fronteiras da nossa mente. Vivemos em uma bolha, achando que a realidade é aquela que estamos inseridos, mas, quando você faz voluntariado, começa a perceber outros desafios, outras mazelas. Percebe o quão privilegiado você é”, afirma.

Lições de humanidade e fé

Nos projetos da Igreja Adventista na África, especialmente no Benim, Isabelle percebeu como a fé e o trabalho humanitário caminham juntos. “Não é normal fazer três refeições por dia. Um terço da humanidade não tem esse privilégio. Não é normal ter acesso à água potável sempre que quiser. Estar em países onde a vida é um exercício de sobrevivência me ensinou que minha missão ali era minimizar danos e trazer um momento de alívio para aquelas pessoas”, relembra.

Isabelle também compartilha como as ações adventistas têm uma abordagem diferenciada ao respeitar as culturas locais, adaptando a ajuda para atender às necessidades específicas das comunidades. “Muitas vezes esperamos gestos que representam carinho para nós, mas em alguns lugares isso não faz parte da linguagem de afeto. Tive que aprender a respeitar essas diferenças e trabalhar com o que realmente fazia sentido para eles.”

Voluntariado e missão adventista

A Igreja Adventista acredita que o voluntariado é uma extensão prática do amor ao próximo ensinado por Cristo. Através de suas iniciativas, milhares de voluntários se unem em causas que vão desde projetos locais, como campanhas de arrecadação realizadas pela ASA, até grandes ações globais coordenadas pela ADRA e SVA.

Para Isabelle, esse aspecto missionário do voluntariado adventista é um diferencial. “Minha fé me motiva a ir além do meu papel como médica. Quando participo dessas ações, estou vivendo o propósito de Cristo: aliviar o sofrimento e levar esperança às pessoas. Não se trata apenas de ajudar, mas de mostrar que elas são amadas e não estão sozinhas.”

(Foto: Divulgação)

O voluntariado como diferencial

Além de ser uma experiência transformadora, o trabalho voluntário também é reconhecido como um diferencial no mercado de trabalho. Empregadores valorizam habilidades como empatia, resiliência e trabalho em equipe, desenvolvidas em ações como as da ADRA, SVA e ASA. “Essas experiências ampliaram meu olhar sobre a medicina e sobre a vida. Hoje, busco não apenas tratar, mas minimizar o sofrimento e trazer alegria às pessoas que cruzam meu caminho”, reflete Isabelle.

Voluntariado em números e impacto

Os dados recentes da PNAD Contínua reforçam a relevância do trabalho voluntário no Brasil:

  • 7,3 milhões de voluntários em 2022, representando 4,2% da população;
  • A média semanal de dedicação é de 6,6 horas;
  • 86,4% dos voluntários atuam por meio de empresas ou organizações;
  • O crescimento foi registrado em todas as regiões, especialmente no Centro-Oeste.
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Histórias como a de Isabelle e de tantos outros voluntários adventistas mostram que o voluntariado é mais do que um ato de bondade: é uma prática que transforma vidas e comunidades, refletindo o amor ao próximo ensinado por Cristo.