Diversidade cultural marca Campori com mais de 10 mil desbravadores no Amazonas
Rio Preto da Eva, AM... [ASN] Com um belo cocar na cabeça, o índio Roni Guará representa a sua etnia com orgulho e participa da cerimônia de investidura no maior Campori de Associação do mundo. Foram 10 mil desbravadores reunidos dos estados do Amazo...
Rio Preto da Eva, AM... [ASN] Com um belo cocar na cabeça, o índio Roni Guará representa a sua etnia com orgulho e participa da cerimônia de investidura no maior Campori de Associação do mundo. Foram 10 mil desbravadores reunidos dos estados do Amazonas e Roraima. E foi com esta plateia robusta que o Guará foi investido em líder e emocionou a todos presentes.
De acordo com o indígena e líder regional de desbravadores, Roni Guará, este momento de investidura reflete uma dedicação de alguns anos. “Eu me esforcei muito para conseguir concluir minhas atividades para ser líder hoje. A primeira e maior barreira a ser vencida foi aprender a falar e ler o português! Estou muito feliz por isso, e cada vez mais pretendo levar os desbravadores e o conhecimento que tenho aprendido aqui para a minha querida comunidade, aonde estão meus familiares e amigos de infância”, fala emocionado.
A diversidade cultural foi evidente no grande Campori realizado no Instituto Adventista Agroindustrial (IAAI), localizado no município de Rio Preto da Eva – AM. Era só passear um pouco pela cidade que foi estrategicamente montada, que era possível perceber a miscigenação do povo do Amazonas e Roraima. Alguns desbravadores são ribeirinhos, outros tem influência de outros países que fazem fronteira, como a Venezuela, por exemplo. Para o pastor Alessandro Pereira, além de tudo, o campori tem sido uma grande oportunidade de troca cultural. “Dentro do Amazonas temos inúmeros grupo sociais que trazem suas culturas, e a igreja Adventista, incentiva a permanência das mesmas, desde que não interfira os princípios e valores bíblicos. Nestes dias estamos tendo um banho cultural aqui, e além de tudo, muito aprendizado”, enfatiza.
Do alto, era uma visão impressionante: mais de 250 clubes de desbravadores reunidos e organizados para realizar atividades com os adolescentes, afim de desenvolvê-los nas áreas física, mental e espiritual. Segundo o líder de desbravadores para os estados do Amazonas e Roraima, pastor Ormeu Lima, o campori coroou atividades realizadas no último ano com os desbravadores. “Aqui, eles estão se desenvolvendo as áreas físicas e mentais durante todo o dia, nas praças de atividades que montamos. E à noite, eles se reúnem na arena para a atividade espiritual, o que com certeza, é o ápice da programação do dia”, coloca.
Além disso, as atividades também incentivavam os desbravadores a despertarem sobre os seus deveres como cidadãos. “Estamos no Amazonas, pulmão do mundo! Estas crianças e adolescentes precisam saber disso e ter conhecimento de como proteger o meio ambiente em seu cotidiano. Só o fato deles estarem aqui em meio à natureza já faz com que os mesmos se relacionem melhor com o verde e os inúmeros rios que temos por aqui”, ressalta o pastor Ormeu.
250 desbravadores atendem chamado para batismo durante o Campori
Na tarde de sábado, embaixo de um sol com sensação térmica de aproximadamente 42 graus, mais de 250 desbravadores aceitaram o apelo de batismo e entraram nas águas. O desbravador Daniel Lima, tomou a sua decisão e está realizado. “Para mim firmei mais uma vez uma aliança com Deus”, diz confiante.
Segundo a diretora de clube, Aline Matos, este momento de entrega das crianças a Deus é muito significante não só para os familiares. “Nós acompanhamos o desenvolvimento destas crianças e damos suporte emocional e espiritual para elas. É como se fossem nossos filhos. Impossível não se emocionar. E sempre estaremos presentes dando o suporte que eles precisarem”, revela. [Equipe ASN, Luciana Santana]