Hoje, 29 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Combate ao Fumo. A data foi instituída como lembrete dos prejuízos do tabaco à saúde e um incentivo a ações que mobilizem a população a combater esse mal. No Brasil, o tabagismo é responsável por 90% das mortes por câncer de pulmão, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

Em Governador Valadares, há mais de três décadas, o curso "Como Parar de Fumar" tem ajudado centenas de moradores a abandonarem o vício. O curso é gratuito e é promovido por voluntários da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A metodologia propõe que, em apenas 7 dias, o fumante deixe o cigarro. Uma equipe de diversos profissionais de saúde, como médicos, farmacêuticos e psicólogos, além de monitores, dá suporte aos fumantes durante o processo. 

Um dos desafios enfrentados pelos usuários quando decidem deixar o tabaco são os sintomas de abstinência, como dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade e alteração do sono. Nelma Gonçalves fumou por anos, desde a adolescência. "Teve um período em que eu não me alimentava, só fumava e tomava café", relembra. Ela finalmente conseguiu deixar o vício após participar do curso. 

O pastor Rayssan Cruz, um dos organizadores do projeto ressalta que a igreja também é beneficiada com essa ação. "Podemos perceber o envolvimento dos membros como voluntários e isso afeta positivamente sua espiritualidade e felicidade", pontua.

O vídeo a seguir traz mais detalhes da história de Nelma e de Francisco, que recebeu um diagnóstico preocupante relacionado ao vício. 

Consumo de cigarro eletrônico aumentou 600% nos últimos 6 meses 

Um dos desafios enfrentados pelos brasileiros é a popularidade dos cigarros eletrônicos, conhecidos como vape ou pod. Embora seu uso seja proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, mais de 1 milhão de pessoas já experimentaram esses dispositivos. 

Os jovens entre 15 e 24 anos representam 70% dos usuários, segundo o epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, em entrevista à Agência Brasil. Para combater essa realidade, a Fundação do Câncer reforça o Movimento VapeOFF. Eles fazem um apelo à comunidade para que “se liguem na vida e sejam um vapeOFF”. Diferentes materiais, como videoaulas, estão disponíveis em https://www.cancer.org.br/vape