Porto Velho, RO... [ASN] R.B.M., 25 anos, um ano e sete meses preso no Complexo de Correição da Polícia Militar de Porto Velho, Rondônia. Até os 12 anos, frequentava uma igreja tradicional de sua família, onde foi batizado nos primeiros meses de vida. Aos 17 anos, conheceu uma igreja evangélica, permaneceu por um tempo, mas saiu e foi para outra. Depois de um tempo se afastou da fé e teve uma vida desregrada.

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É agente, mas foi detido, assim como outros colegas de profissão. Hoje está diferente. Com os olhos fitados na pregação momentos antes do seu batismo, R. B. M. sente-se realizado ao saber que será batizado. “Quando fui batizado era bebê e, por isso, nem me lembro, mas agora decidi racionalmente e lembrarei desse momento por toda a minha vida, afirma.

Por ter passado por algumas religiões, o jovem de 25 anos, que hoje tem esposa e filho, tinha alguma bagagem bíblica, mas, depois que começou a participar do grupo de estudos bíblicos, coordenados por um grupo de adventistas, muitas dúvidas foram tiradas. E foi na Semana Santa, na quinta-feira, dia 2 de abril, que ele foi batizado, junto com mais três detentos.

O pequeno grupo, formado há quase seis meses dentro do Complexo de Correição da Polícia Militar, permitiu que eles se aprofundassem na Bíblia e, consequentemente, tivessem uma conduta diferente. O estudo começou com 22 pessoas, mas hoje conta com seis no semiaberto e 14 no regime fechado. Enquanto os maridos vão estudar a Bíblia com os detentos, as esposas se encontram com as mulheres e filhos dos presidiários em pequenos grupos.

Outros pequenos grupos

Cerca de 800 pequenos grupos estiveram ativos durante a Semana Santa no norte de Rondônia e no Acre no dia 30 a 2 de abril. Antes da Semana, aproximadamente 330 pequenos grupos fizeram uma classe bíblica de 15 dias, que foi finalizada no dia 5 de abril. Os outros grupos, formados durante a Semana, vão continuar com os estudos da Bíblia por mais 15 dias.

Além das classes bíblicas, dois pequenos grupos de haitianos funcionaram no crioulo, língua predominante no Haiti. Outra novidade, foi o pequeno grupo na língua brasileira de sinais (Libras), com seus dez participantes se comunicando apenas em Libras e um tradutor para os que acompanhavam. Esse projeto será ampliado com os anos. Na Igreja Central de Porto Velho, por exemplo, que formou esse pequeno grupo, os cultos contam com um tradutor em Libras.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De 28 a 5 de abril, os 42 pastores distritais, dois capelães e os dez pastores, líderes da sede administrativa da Igreja Adventista (IASD) para o norte de Rondônia e no Acre (Associação Amazônia Ocidental) realizaram a Semana Santa nas igrejas. Os pastores, líderes da sede da IASD para Roraima, Rondônia, Amazonas e Acre (União Noroeste Brasileira) realizaram a Semana Santa nas igrejas e nos pequenos grupos em Porto Velho.

O coordenador da Semana Santa, pastor Edmar Santana, responsável pelo Ministério Pessoal e Escola Sabatina, explica o porquê realizar parte da Semana em pequenos grupos. “Esse processo foi migrado para os pequenos grupos, porque nas casas as pessoas ficam mais à vontade e fazem amizade mais rápido. Nós fazemos nas casas, fortalecemos a amizade e depois damos continuidade nas igrejas.” [Equipe ASN, Vanessa Lemes]

 

 

 

Veja como foi a Semana Santa no Acre e no norte de Rondônia: