Desbravadores desenvolvem habilidade da oratória em semana especial
Programa A voz do juvenil estimula estudo da Bíblia e surgimento de novos oradores.
Erval Seco, Palmeira das Missões, Santo Ângelo, RS... [ASN] No interior do Rio Grande do Sul, uma iniciativa tem dado oportunidade para que adolescentes das novas gerações, pertencentes aos clubes de Desbravadores, façam reflexões públicas em igrejas adventistas e assim desenvolvam habilidades da oratória por meio de pequenos sermões.
“O objetivo é desenvolver os desbravadores na pratica específica da pregação da palavra na igreja local, auxiliando na oratória e no domínio de público. Alguns clubes começaram a fazer este programa uma semana antes do Dia Mundial do Desbravadores, enquanto outros, iniciaram nesta data”, explica o pastor Márcio Xavier, líder de Desbravadores para o noroeste gaúcho.
Chamado de A Voz do Juvenil, o programa ocorre durante uma semana e além de estar vinculado a celebração anual dos clubes, a iniciativa tem relação com o projeto Batismo da Primavera, período em que costumam ocorrer semanas evangelísticas e conferências públicas direcionadas a pessoas que tem recebido estudos bíblicos ao longo do ano.
No programa, os adolescentes são responsáveis por quase tudo o que acontece nos cultos, desde a recepção de quem chega à igreja, até o conteúdo ministrado – o que também inclui músicas especiais. Para facilitar a atuação de quem não tem tanta prática em preparar sermões, as reflexões que eles transmitem às pessoas durante a cada noite foram preparadas meses atrás e disponibilizadas em um guia. Neste ano, o desafio de elaborar a apostila ficou com o pastor Jessé Santos, líder espiritual das igrejas adventistas de Santo Ângelo. Ele ressalta que foi preciso contemplar características dos oradores – em sua maioria, adolescentes – e também do público-alvo – por jovens, adultos e idosos.
“Na introdução de cada sermão, sempre há algo mais lúdico, buscando tornar o complexo em uma linguagem mais simples. Além de pensar no público, a gente tem que pensar em quem vai pregar. Algumas palavras inseridas estão de acordo com o contexto da faixa-etária também. Fora isso, procuramos envolver o contexto dos desbravadores – desde especialidades, ideais [princípios ensinados no clube] – além de histórias aplicadas ao contexto deles e, por fim, os apelos, para levar a igreja a tomar decisões”, detalha Santos.
Uma das pessoas que teve a chance de ministrar um destes sermões pela primeira vez na vida foi a desbravadora Maria Eduarda Amaro, 11 anos, de Santo Ângelo. “Perguntaram se eu queria pregar e, na hora, eu fiquei meio apreensiva, mas aceitei. Estudei mais ou menos duas horas por dia durante uma semana. Quando chegou o dia, já acordei pensando “é hoje”, mas na hora de pregar, não fiquei nervosa. É muito bom poder levar Jesus há outras pessoas”, conta.
Para a desbravadora Jéssica Durks (15), a tarefa de apresentar uma reflexão desta natureza não é nova, embora sua única experiência com este formato tenha sido em grupo. “Eu já havia pregado uma vez, no projeto Missão Calebe deste ano, mas com outras pessoas. Como já recebi a mensagem pronta com o tema "Sobre a Rocha do Sustento", eu só me preparei para o sermão. No início, fiquei um pouco apreensiva quanto a isso, mas sempre participo da Escola Sabatina, informativo mundial das missões ou louvor, então, não foi difícil para mim. Posso dizer que me senti muito bem ao passar essa mensagem e falar do amor de Deus aos irmãos”, expressa.
Em Palmeira das Missões, a desbravadora Danielli Aguirre, 14 anos, superou a timidez e foi a oradora por um dia após estudar o tema com apoio de familiares e de oração. “Com essa experiência aprendi que dependemos o tempo todo do nosso Senhor, que devemos ser responsáveis com as coisas referentes a Deus e manter sempre a comunhão com Ele. É algo que vou levar para a vida toda”, declara. [Equipe ASN, Willian Vieira]