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Desafios para adolescentes: perigos e potencial

Como a Igreja e a Educação Adventista em Brasília e Entorno estão orientando os adolescentes para que façam boas escolhas


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Desafios para adolescentes: riscos e potencial. Foto: Banco de imagens

Recentemente, os noticiários alertaram sobre os perigos dos desafios lançados na internet e seus impactos entre os adolescentes. Pais, responsáveis, autoridades escolares e religiosas têm buscado formas de minimizar a influência negativa das redes sociais nessa faixa etária.
Nesse contexto de preocupação social, destaca-se o trabalho contínuo da Igreja e da Educação Adventista, que visa prevenir comportamentos de risco e apresentar formas saudáveis de vivenciar cada fases da vida. A atuação destas instituições tem promovido o desenvolvimento de atividades que não apenas reduzem o tempo diante das telas, mas também incentivam os adolescentes a espalhar esperança e amor através da palavra de Deus – como no Projeto um.oito.

Nas igrejas e escolas adventistas, os adolescentes têm sido desafiados a viver uma experiência real que contribui para sua formação integral, beneficiando tanto seu desenvolvimento quanto a comunidade, e ajudando a reduzir riscos associados a comportamentos prejudiciais.

A Igreja Adventista e o adolescente brasiliense

Desafios
Adolescentes em atividade nas igrejas. Foto: Arquivos APlaC

As igrejas adventistas em Brasília e Entorno oferecem atividades voltadas especialmente para os adolescentes, incluindo reflexões bíblicas, dinâmicas, momentos de louvor e oração.
Por meio do Clube de Desbravadores, adolescentes participam de acampamentos e desenvolvem habilidades interpessoais. Já os Pequenos Grupos, proporcionam reuniões semanais nas casas de membros da igreja, onde estudam a Bíblia, com temas adaptados à sua realidade.
Além de atividades espirituais, eventos sociais como gincanas, piqueniques e luaus, têm se mostrado eficazes na promoção da interação e do desenvolvimento social. Os adolescentes também participam regularmente de ações solidárias - como visitas a hospitais, asilos e orfanatos - que reforçam valores como empatia, responsabilidade e solidariedade.
Em 2025, a Associação Planalto Central lançou o Projeto um.oito desenvolvido com linguagem e metodologia adequadas para essa faixa etária, capacitando adolescentes a viverem a missão de forma prática.
Christiane Braga, líder da Classe dos Adolescentes da Igreja Adventista em Águas Claras, destaca a importância da relação de confiança entre líderes e adolescentes: “a gente consegue ter um acesso mais personalizado, consegue chegar, se aproximar, consegue estabelecer uma relação de confiança. Não somos apenas professores, somos conselheiros. Então, a gente aproveita essa confiança que eles têm na gente para abordar temas como esse. A gente trabalha isso nos nossos pequenos grupos, na noite do pijama. Convidamos profissionais para comentar o assunto. Então, toda a oportunidade que a gente tem, a trabalha com temas como esse”.
Ela afirma ainda que o projeto um.oito ajuda a preencher o tempo livre dos adolescentes com atividades saudáveis e isso os mantem afastados de muitos perigos “o projeto um.oito tem feito a diferença. Primeiro porque é um projeto que já começou abençoado, envolve a igreja, Deus e o adolescente. Então a gente pergunta se estão fazendo o planner, orienta para fazerem o spoiler, os desafios do dado… A gente motiva tanto os adolescentes quanto a família, para que todos estejam envolvidos e os adolescentes fiquem o menor tempo possível nas redes e se envolvam com questões como estas dos desafios. Com o um.oito eles preenchem o tempo, um tempo que talvez eles usariam para outra forma. A gente faz desafios semanais, isso também ajuda para que eles possam estar envolvidos”.
Marcilene Vieira Cavalcante, coordenadora e professora do Ministério do Adolescente na Igreja Adventista de Novo oriente, destaca que a busca por aceitação pode levar os adolescentes a situações de risco. Isso aumenta a responsabilidade dos líderes em oferecer direcionamento: “querem algo que seja rápido, espontâneo, querem ser vistos como ‘legal’, se adequar. Mas essa adequação pode ser destrutiva. Então, precisamos orar incessantemente para ser uma luz e ajudá-los a trilhar o caminho de Cristo. Para isso, é necessário mostrar para eles que existe uma vida fora da internet, que existe uma vida maravilhosa com Cristo Jesus”.
Segundo Marcilene, o diferencial do projeto um.oito é mostrar ao adolescente que é preciso se preparar espiritualmente antes da missão: “é preciso que ele se conheça, que ele se preencha, que ele entenda que precisa ser salvo e estar cheio do Espírito Santo, para que ele possa ser verdadeiramente um discípulo do Senhor. Então ele vai compreender que para ser um discípulo não tem idade, não tem momento, não tem lugar; mas você precisa estar preparado, cheio do Espírito Santo, para que você possa fazer as boas obras”.
Ela também comenta que muitos adolescentes atendidos por este ministério, muitas vezes cresceram em ambientes diferentes dos ideais cristãos: “muitos deles chegam com um caráter já forjado, num ambiente negativo, totalmente contrário aos ideais da igreja, influenciados pela internet. Criamos para eles um ambiente de amor e perseverança que favorece a transformação. A gente vê que eles querem mostrar o que eles realmente são. Porque muitas vezes eles vestem uma capa de problemáticos, difíceis, rebeldes, mas no fundo não são. São carentes de atenção e orientação. Então, para mim, o Ministério dos Adolescentes é um pilar fundamental na vida deles, para que se tornem adultos capazes, competentes, demonstrando suas emoções com verdade e sinceridade”.

A Educação Adventista no enfrentamento de questões contemporâneas

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Adolescentes em atividades promovidas pela Educação Adventista. Foto: Arquivos APlaC

A psicóloga Indiana Machado Silva, atua no Colégio Adventista de Águas Claras e explica que a escola tem se mobilizado para lidar com os impactos dos desafios digitais entre os adolescentes. A instituição promove ações contínuas de orientação, prevenção e fortalecimento de valores positivos: “desde o início do ano letivo, estão sendo desenvolvidos projetos com foco na valorização da vida e do próximo, visando fortalecer o senso de propósito, empatia e responsabilidade entre os alunos”
O projeto central do semestre, “Laços que Transformam”, visa desenvolver habilidades socioemocionais, como empatia, resiliência, respeito mútuo e colaboração, promovendo um ambiente escolar mais acolhedor e seguro.
O colégio também implementou o Grupo de Apoio e Desenvolvimento (GADE), oferecendo aos alunos um espaço seguro para expressar sentimentos e refletir sobre experiências, dentro e fora da escola. Os encontros, conduzidos pela psicóloga, ocorrem semanalmente, nos turnos matutino e vespertino, com temas específicos a cada sessão.
Indiana conta que outras ações já foram planejadas: “no Colégio Adventista de Águas Claras, os projetos são construídos de forma a incentivar os alunos a colocar em prática os valores trabalhados. No encontro mais recente, por exemplo, os estudantes foram desafiados a praticar a solidariedade de forma contínua, sempre que houver oportunidade. Como parte das ações de conscientização a partir do mês de maio acontecerá uma palestra especial com o tema: “Os efeitos das redes sociais no cérebro e o que está por trás dos vídeos que assistimos”. Essa atividade tem como objetivo estimular o pensamento crítico dos alunos em relação aos conteúdos que consomem e aos comportamentos que replicam”.

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Adolescentes em atividades promovidas pela Educação Adventista. Foto: Arquivos APlaC


As iniciativas da Igreja e da Educação Adventista no Distrito Federal, demonstram um compromisso sólido com o desenvolvimento integral dos adolescentes – espiritual, emocional e social. Por meio de projetos como o um.oito e programas escolares como o GADE, essas instituições promovem escolhas saudáveis, formam cidadãos conscientes e oferecem alternativas construtivas diante dos desafios contemporâneos.

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