Uma pesquisa realizada em 2018 pelo Ibope aponta que 30 milhões de brasileiros se declaram vegetarianos. O número indica um crescimento de 75% desde 2012, quando apenas 8% da população afirmava ser vegetariana.

De acordo com um estudo publicado no Journal of Hypertension em 2016, os vegetarianos têm 34% menos risco de desenvolver hipertensão se comparados aos não vegetarianos. A mesma porcentagem se aplica quando o risco é de desenvolver diabetes tipo 2, conforme estudo publicado no mesmo ano na PLOS Medicine. Já o Journal of the American Heart Association publicou um estudo em agosto de 2019 e mostrou que a dieta à base de vegetais pode reduzir em 16% o risco de doenças cardiovasculares. O mesmo periódico divulgou que essa dieta reduz o risco de todas as causas de mortalidade em 25%.

Para promover um estilo de vida saudável em relação à alimentação, proporcionar conhecimento teórico e vivenciar a prática, uma escola de culinária ensina dezenas de pessoas a mudarem de hábitos e garantir melhor qualidade de vida.

A iniciativa é organizada pelo departamento de Saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Formosa, Goiás. As aulas são realizadas no salão social da congregação e acontecem sempre no primeiro domingo de cada mês. Cada turma conta com 20 pessoas. As aulas são práticas e ensinam diversas modalidades da gastronomia.

A coordenadora da iniciativa, Edna Dantas, que é chef e pós graduada em gastronomia funcional e natural, explica que o principal objetivo é levar às pessoas conhecimento sobre a importância da alimentação saudável, mostrando que a gastronomia vegetariana também é saborosa. “É grande o número de pessoas com problemas de saúde ligados ao estilo de vida, em especial, à alimentação. A Escola de Culinária Vegetariana vem trazer apoio nessa fase de transição alimentar, aos que querem fazer essa mudança”, frisa, Edna.

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São dez aulas que contemplam vários temas, como confecção de saladas, pasta fresca, pães, bolos, sobremesas, prato principais, pratos funcionais, leites vegetais, sorvete, tortas, pratos à base de biomassa, entre outros.

Miriã Oliveira é professora aposentada e foi uma das alunas do curso. Para ela, a iniciativa apresentou outra visão referente à comida vegetariana. “Abriu minha mente para uma culinária saudável, criativa e acessível a todos, além de ser saborosa. É uma culinária vegetariana desmistificada”, pontua.

Miriã resolveu levar adiante o conhecimento. Hoje ela ministra cursos e repassa o que aprendeu. “Foi um aprendizado que vou levar para a vida. Uma gratidão enorme pela oportunidade que tive de participar. O trabalho realizado pela Edna é de extrema importância”, conclui.

O projeto se mantém por meio de parcerias e uma pequena taxa simbólica cobrada de cada participante. No momento, estão abertas as inscrições para a próxima turma. O curso vai abranger o tofú, um alimento produzido através da soja. Para participar da escola, o interessado deve entrar em contato pelo WhatsApp, (61) 98186-5573.