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Curitiba sedia Congresso de Liberdade Religiosa

Encontro foi promovido pelo Departamento de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista no sul do Brasil e reuniu líderes e comunidade da instituição no Paraná.


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Encontro contou com a presença do vice-presidente da Igreja Adventista na América do Sul e diretor do departamento de Liberdade Religiosa, no mesmo território, pastor Luís Mário Pinto (Imagem: Jaime Costa)

Apesar da liberdade religiosa ser garantida em lei no Brasil, ainda existem diversas situações de intolerância no país. É o que mostra o II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe, organizado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas e pelo Observatório das Liberdades Religiosas com apoio da representação da UNESCO. O levantamento, divulgado em janeiro deste ano, aponta para um aumento dos casos de intolerância religiosa. Com base nos dados do Portal Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foram registrados 477 casos de intolerância religiosa em 2019, 353 casos em 2020 e 966 casos em 2021.

Com o objetivo de promover um diálogo sobre liberdade de crença, representantes da Igreja e da Educação Adventista no estado do Paraná, se reuniram em um congresso, que aconteceu no último sábado, 20.

De acordo com um dos oradores do evento, pastor Helio Carnassale, que trabalhou como diretor de Liberdade Religiosa na sede sul-americana adventista, o Brasil vive uma realidade bem diferente, comparada a países onde existem casos extremos de perseguição religiosa. “Graças a Deus, aqui no nosso país, e mesmo em alguns países da América do Sul, de 2015 para cá, temos experimentado vitórias impressionantes”, relata. Ele cita algumas dessas conquistas, como a mudança do Enem, que antes era realizado em um único final de semana, para dois domingos. Outro marco mencionado por Carnassale, é a lei 13.796, que dá garantias a estudantes que tem um dia de guarda, para que não sejam prejudicados por causa do exercício da sua fé.

Evento promoveu debate com a presença de líderes e comunidade da Igreja Adventista (Imagem: Jordana Perdoncini)

Apesar dos avanços, as discussões e debates sobre o tema ainda são necessários. É o que destaca o vice-presidente da Igreja Adventista na América do Sul e diretor do departamento de Liberdade Religiosa, no mesmo território, pastor Luís Mario Pinto. “Esse é o encontro que trabalha a prevenção. Nós precisamos manter as portas abertas, não só para a Igreja Adventista, mas para todos os outros credos”, observa.

Para o advogado que coordena o departamento jurídico na região sul do Brasil, Daniel Trentin, promover eventos que tragam o tema da liberdade de crença para discussão, ajudam a tornar as informações mais acessíveis, principalmente para os estudantes que enfrentam problemas nessa área. “Os problemas que nós temos hoje estão relacionados a falta de conhecimento”, observa.

De acordo com o diretor do Departamento de Liberdade Religiosa para o sul do país, pastor Rubens Silva, o objetivo é realizar um encontro por estado. “Estamos realizando 3 encontros estaduais, em maio tivemos um em Santa Catarina, hoje no Paraná, e em julho estaremos no Rio Grande do Sul”, detalha o líder.