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Crise silenciosa: a cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes sofrem exploração sexual no Brasil

5 passos para quebrar o silêncio e prevenir o abuso sexual


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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 320 crianças sofrem diariamente algum tipo de abuso sexual. Porém, esse número pode ser maior, pois apenas sete em cada 100 casos são denunciados. 

Voluntários usam escolas, igrejas e praças para conscientizar a população. Foto: divulgação. 

Nos últimos dias, igrejas adventistas em 8 países da América do Sul se engajaram na luta contra esses números. Na região leste de Minas Gerais, por meio de palestras e distribuição de materiais educativos, a campanha incentivou a denúncia e ofereceu apoio às vítimas, reforçando a mensagem de que ninguém precisa passar por isso sozinho. 

Em Ipanema, além de conscientizar a população, a igreja distribuiu literaturas como "O Grande Conflito", livro que fala de esperança. Foto: divulgação. 

Andréia Luna, líder da campanha "Quebrando o Silêncio" no leste mineiro, ressalta que "se sabemos de alguma criança que tem passado por algum tipo de abuso, isso precisa ser denunciado". A seguir, apresentamos cinco passos que vão ajudar a combater essa violência. 

1. Reconheça os sinais: 
  • Mudanças comportamentais: A criança ou adolescente pode apresentar tristeza, ansiedade, medo, isolamento social, dificuldades na escola, mudanças bruscas de humor, automutilação ou comportamentos sexualizados. 
  • Sinais físicos: Lesões inexplicáveis, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência, entre outros. 
  • Bens: Dinheiro, presentes, roupas ou eletrônicos que a criança não pode explicar a origem. 
2. Canais de denúncia: 
  • Disque 100: É o canal nacional de denúncias de violações de direitos humanos. Você pode denunciar anonimamente casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. 
  • Conselho tutelar: É um órgão municipal responsável por zelar pelos direitos da criança e do adolescente. Procure o Conselho Tutelar mais próximo da sua residência. 
  • Delegacias especializadas: Existem delegacias especializadas no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência. 
  • Ministério público: O Ministério Público pode atuar na defesa dos direitos da criança e do adolescente, oferecendo denúncia contra os agressores. 

Saiba mais

Veja a campanha completa do Quebrando Silêncio

3. Denuncie imediatamente:
  • Não tenha medo: A denúncia é anônima e pode salvar a vida de uma criança. 
  • Seja claro e objetivo: Explique os fatos de forma clara e concisa, sem omitir detalhes. 
  • Peça ajuda: Se precisar de ajuda para fazer a denúncia, procure um profissional de confiança, como um psicólogo, assistente social ou advogado. 
4. Acompanhe o caso: 
  • Ofereça apoio: Ofereça apoio à vítima e à sua família, buscando ajuda de profissionais especializados. 
  • Participe de ações de prevenção: Divulgue informações sobre a exploração sexual infantil e participe de ações de prevenção em sua comunidade. 
5. Prevenção: 
  • Converse com as crianças e adolescentes: Abra um canal de comunicação aberto e sincero com as crianças, explicando sobre o corpo, os limites e a importância de denunciar qualquer tipo de abuso. 
  • Eduque os pais e responsáveis: Ofereça informações e orientações sobre como proteger as crianças da exploração sexual. 
  • Fortaleça as redes de apoio: Trabalhe em conjunto com a escola, a comunidade e outras instituições para criar redes de proteção às crianças e adolescentes. 
  • Denuncie atitudes suspeitas: Qualquer atitude suspeita em relação a crianças deve ser denunciada às autoridades competentes.