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Coral de presidiários levanta plateia em festival de música cristã

Coral de presidiários levanta plateia em festival de música cristã

Grupo faz parte de um projeto de ressocialização criado dentro da prisão, com a participação da Igreja Adventista.


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No repertório do coral, músicas que falavam de gratidão, transformação e perdão

Belo Horizonte, MG ... [ASN] Eles chegaram enfileirados e bem antes do horário marcado para o início da programação. Tamanha pontualidade e expectativa quanto à apresentação, pôde ser conferida em cima do palco, em um festival de música promovida pela Igreja Adventista na região central de Minas Gerais. Os protagonistas dessa história são 10 presidiários que integram o Coral de Detentos da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Seguros e com a letra das músicas na ponta da língua, os novos músicos encantaram o público com canções que falavam de superação, aprendizado e transformação.

A música também faz esquecer a saudade daqueles que por anos foram privados da oportunidade de estarem perto de suas famílias. “Há três anos vim transferido de Santa Catarina para Belo Horizonte e desde então nunca mais vi meus familiares. Mas depois que conheci a Cristo na prisão, ele tem me ajudado a aguentar e esperar com paciência”, conta emocionado Jorge Antônio, condenado por homicídio, assalto a mão armada e porte ilegal de armas, entre outros crimes. “Me arrependo muito das minhas atitudes erradas do passado e espero escrever uma nova história quando sair da prisão”, promete.

Jorge e os demais colegas fazem parte de um projeto de ressocialização criado para apontar um novo caminho após o cárcere privado. Os detentos se apresentam em entidades religiosas, educativas, culturais e governamentais. A Igreja Adventista é uma das instituições religiosas que aposta na reinserção dessas pessoas ao convívio social. Além de levar apoio espiritual, a igreja também presta atendimento médico dentro da unidade prisional. A partir da chegada dos missionários, muitos detentos entraram em contato com as preciosas lições bíblicas. Mas bem antes disso, o ex-empresário Reginaldo Hermelino, preso por extorsão, descobriu sozinho que o sábado era um dia especial.

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Público que foi prestigiar o festival se impressionou com a performance e a história de vida dos detentos

“Antes de o pastor adventista realizar os cultos no pavilhão 7, outras igrejas mantinham atividades evangelística no pavilhão 8 e então eu passei a estudar a Bíblia com eles. Mas um dia li que o sábado é um dia sagrado, que deve ser reverenciado de forma especial e a partir daí, sozinho passei a estudar mais sobre o assunto. Há um ano guardo o sábado da forma como julgo que deve ser, ou seja, entro em jejum e consagração e não lavo mais minhas roupas nesse dia”, explica Reginaldo Hermelino que aguarda ansioso a autorização da Igreja Adventista para visitar também o pavilhão do qual ele faz parte.

O diretor-adjunto do presídio, Carlos Barbosa, explica os benefícios do projeto de ressocialização e importância da participação da igreja nessa luta pela mudança e busca da dignidade humana. “Tentamos reconstruir esses cidadãos, para que ao invés voltarem para a criminalidade, eles optem por ações que valorizem a eles mesmos e ao próximo”, explica o diretor-adjunto do presídio, Carlos Barbosa.

Após ingressarem no projeto e com a o apoio da igreja, os presidiários estão aprendendo a passar uma borracha no passado e a escrever uma nova história ao lado do Deus da segunda chance. [Equipe ASN, Luzia Paula]

Veja abaixo a reportagem sobre o projeto exibida na TV Novo Tempo:

 

http://youtu.be/5gBUnUEp5mw