Governo explica reforma do Ensino Médio à Educação Adventista
Responsável por coordenar as mudanças propostas na Medida Provisória 746 esteve em evento exclusivo para profissionais da educação no Sul do Brasil
Maringá, PR... [ASN] A reforma do Ensino Médio é um assunto que despertou dúvidas no meio educacional nos últimos dias. Para esclarecer todos os questionamentos, a Educação Adventista convidou o coordenador geral do Ensino Médio do Ministério da Educação, Wisley Pereira, para falar aos diretores e coordenadores pedagógicos das unidades do norte do Paraná, aos responsáveis pela educação em outras regiões do Sul do Brasil e aos acadêmicos de Pedagogia do Instituto Adventista Paranaense (IAP). A palestra fez parte da programação da Semana de Pedagogia.
Segundo dados divulgados por Pereira, o resultado do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) está estagnado desde 2011 com a nota 3,7. Outra informação alarmante é que 1 milhão e 700 mil jovens de 15 a 24 anos não estudam e nem trabalham, e 82% dos que têm entre 18 e 24 não ingressam no Ensino Superior. A reforma teria o desafio de mudar essa situação ao propor, entre outras ações, a flexibilização da grade curricular, sedo obrigatórias as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Inglesa, com as demais optativas ou escolhidas pelas instituições, e o estabelecimento do ensino em tempo integral, com carga de 7 horas diárias.
Para o coordenador, as mudanças podem tornar o Ensino Médio mais atrativo e atender a necessidade de cada estudante de acordo com seu projeto de vida. O aluno terá a liberdade para escolher as disciplinas que mais lhe interessam ou que têm a ver com o curso que deseja seguir no Ensino Superior.
O novo Ensino Médio, como está sendo chamado, inicia com a Medida Provisória 746/2016 e se tornará obrigatório dois anos após a publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas os estados já poderão começar as adequações em suas redes a partir de 2017.
“Isso vai depender da autonomia, da velocidade e das condições das redes pelo Brasil inteiro. Algumas redes já se pronunciaram que vão fazer a partir do próximo ano essa reforma, outras vão fazer a discussão ano que vem e vão começar somente em 2018, mas isso vai depender muito de como as redes vão se comportar nessa mudança”, afirma Pereira.
O diretor associado da Rede de Educação Adventista na América do Sul, Ivan Góes, esteve no programa e apoia a mudança. Ele acredita que vai ser muito boa, principalmente para os alunos. O líder já pensa nas próximas etapas. “Como rede, a gente tem que estudar cada vez mais, temos que nos apropria da medida provisória, estudá-la, para ver como nós vamos nos adaptar a essa nova mudança”, analisa.
A palestra do coordenador do MEC teve cobertura da imprensa, com destaque para as veiculações local e estadual dos telejornais da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná. [Equipe ASN, Gustavo Cidral]