Convenção para líderes de Desbravadores e Aventureiros destaca salvação nos clubes
Evento reuniu mais de 350 participantes e teve como tema Chamados para Salvar
O último final de semana (08, 09 e 10 de março) foi de muito aprendizado, troca de experiências e motivação para os mais de 350 líderes do Ministério de Desbravadores e Aventureiros, que atuam do centro ao norte do estado do Rio de Janeiro.
A Convenção de líderes que aconteceu no Centro de Treinamento da Igreja Adventista (CATRE), em Cachoeiras de Macacu (RJ), reuniu diretores, secretários, tesoureiros, capelães, instrutores, diretores associados e conselheiros dos clubes de desbravadores e aventureiros da Associação Rio Fluminense (ARF).
O pastor Henrique Custódio, diretor do ministério na ARF, comentou que a convenção direciona as atividades do ano nos clubes de desbravadores e aventureiros com palestras e treinamentos específicos para cada função dentro do clube. “A convenção é o momento e espaço de treinamentos para que as pessoas saiam daqui capacitadas para exercerem a liderança e com as estratégias para fazer os clubes funcionarem da melhor forma. Qual é a melhor forma? É esse tema do ano: Chamados para Salvar. Queremos que nossos clubes sejam pontos de luz na salvação dos nossos juvenis e adolescentes”, afirmou Custódio.
A Convenção proporcionou, também, momentos de adoração a Deus com louvores e uma emocionante cerimônia de lava pés seguida de Santa Ceia para os participantes.
Impressões
Temas relevantes e muito atuais foram abordados pelos convidados. Uma das palestrantes foi a advogada familista Acsa Costa, que também participa do Clube de Desbravadores Felinus, de São Gonçalo. Ela pontuou, em termos legais, sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Além disso, detalhou os desafios da inclusão nos clubes e a atuação dos líderes em caso de suspeita de violência ou abuso.
A advogada entende que as oportunidades de inclusão de pessoas atípicas aumentaram e os clubes não devem ficar de fora. “Devemos entender que em questões de acolhimento e desenvolvimento precisamos ser os primeiros. Pois não há nenhum lugar onde a criança irá encontrar ensinamentos com base nos princípios cristãos. E quando se trata de crianças atípicas, a nossa sensibilidade e criatividade devem estar afloradas, afinal, o nosso dever é fazer com que aquele desbravador, que fora do clube pode estar sendo rejeitado ou até mesmo sendo constrangido por suas limitações, se sinta incluído. Se sinta como um membro necessário. A melhor forma de colocar isso em prática é ensinar, não só a diretoria, como também aos desbravadores, a como lidar com pessoas diversas e suas limitações”, frisou Acsa.
Para a pedagoga Ivana Marinho, que vive seu primeiro mês na jornada de liderança no clube de desbravadores Vale do Tigre, de Macaé, o evento ajudou a instruir os líderes em situações que acontecem no dia a dia dos clubes.
“A responsabilidade de lidar com crianças que não conhecemos de onde vêm, acaba sendo como conviver com muitos mundos dentro de um clube e você precisa ter um olhar especial, diferenciado para detectar a necessidade de cada um. Então esse treinamento serviu para nos despertar a essa realidade, despertar a questão do acolhimento”, contou Ivana.
Já Cícero James é um veterano no ministério. Com a faixa repleta de insígnias comprovando a experiência de um Líder Master Avançado, o coordenador geral de desbravadores da ARF, conta que ainda aprende em cada treinamento que participa, mesmo sendo o treinador.
“Quando vou dar palestra sobre algum determinado assunto, eu busco a experiência dos outros, e o objetivo da convenção é apresentar o que o manual pede, mas também ouvir as pessoas que estão aprendendo e, muitas vezes, ouvindo a vivência do outro, podemos tirar lições para nós mesmos”, afirmou. “Aqui nessa convenção, o que mais me marcou foi a cerimônia de Santa Ceia. Participar de uma cerimônia aqui, com 400 pessoas, foi uma verdadeira emoção”, completou.
O presidente da ARF, pastor Felipe Andrade, também marcou presença na Convenção e apelou ao grupo ao afirmar que o ministério de desbravadores e aventureiros transforma vidas. “Eu não tenho dúvidas de que o Senhor chamou todos vocês para a obra. Esse ministério tem o poder de gerar líderes, mas acima de gerar uma nova formação de líderes, esse ministério deve transformar vidas”, concluiu emocionando o público.