O universo de sentimentos, aprendizados e fé marcou o primeiro fim de semana de outubro na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Ceilândia Norte. Com o tema "Emoções", o Congresso Infantil reuniu cerca de 80 crianças, com idades entre 4 meses e 12 anos, para uma jornada de autoconhecimento à luz da Bíblia. O evento acolheu famílias de diversas congregações da região: Ceilândia Sul, Ceilândia Centro, Ceilândia Oeste, Setor O e P-Sul.

A programação dinâmica permitiu abordar temas profundos com uma linguagem acessível e divertida. No sábado pela manhã, as crianças foram convidadas a refletir sobre a pergunta: "Jesus sentiu tristeza?". A partir da história da morte de Lázaro, relatada no livro de João, os pequenos aprenderam que Jesus compreende todos os nossos sentimentos, inclusive os mais difíceis.

As oficinas sobre emoções foram o momento mais marcante da tarde de sábado. Divididas por faixa etária, as crianças percorreram o circuito de aprendizado e descoberta, participando de atividades práticas que as ensinaram a identificar e lidar com cada sentimento. Paralelamente, os pais assistiram a uma palestra com a fonoaudióloga especialista em Linguagem, Raquel Ciseski, que abordou a importância do diálogo e como a família pode ajudar os filhos a gerenciar as emoções.

O evento contou com o apoio de Claudineia Leão, líder do Ministério da Criança e do Adolescente para Brasília e Entorno. Em sua participação, ela abordou a importância de se erigir um altar ao Senhor em cada lar para o desenvolvimento espiritual de todos os seus integrantes, sobretudo, das crianças.

O pastor distrital, Fábio Salles, destacou o valor desta iniciativa: "É fundamental que as crianças se sintam acolhidas e amadas em sua comunidade de fé. Projetos como esse demonstram o quanto a igreja está preocupada com as novas gerações e com o fortalecimento do seu relacionamento com Jesus", afirmou.

A condução do programa esteve a cargo da professora Maiane Rocha, que contou com o apoio de outros educadores e colaboradores do Colégio Adventista da Asa Sul. Para ela, o evento foi essencial para a formação das crianças: "Fomos criados por Deus para vivermos em comunidade, em harmonia e unidade. Ao liderar ministérios que envolvem crianças, é essencial ensiná-las a importância da convivência em grupo, do respeito e da colaboração", explicou a professora. "O Congresso Infantil proporcionou exatamente isso: um ambiente lúdico, divertido e acolhedor, onde as crianças puderam aprender de forma natural e significativa."

O encerramento, no domingo, conectou a gestão das emoções terrenas à esperança da vida eterna. As mensagens foram baseadas na promessa da volta de Jesus, momento em que não haverá mais tristeza.

Para Maiane Rocha ensinar sobre emoções na infância é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento de uma geração mais saudável e empática: "Vivemos em uma sociedade cada vez mais egoísta. Quando não sabemos nomear ou compreender nossas emoções, recorremos, muitas vezes, à força ou à agressividade. O maior benefício da educação emocional é o desenvolvimento da empatia. Ser empático é ter o olhar atento, compassivo e amoroso para com o próximo e esta é uma das mais belas características do nosso Criador", pontuou Maiane Rocha.

O congresso possibilitou não apenas o aprendizado sobre o universo das emoções, mas também o desenvolvimento de relações interpessoais saudáveis: "Além do aprendizado espiritual, o congresso foi um momento de criação de memórias afetivas que certamente marcaram a vida das crianças", concluiu a professora. "Experiências como essa fortalecem a fé, o senso de pertencimento e o amor por Deus e pela comunidade como um todo."

Colaboração Luanna Mary Batista Vilas Boas - IASD Central de Ceilândia Norte