Médicos diagnosticam síndrome em bebê e mãe encontra força na oração
Filho de Luciana nasceu com uma doença genética chamada TAR, mas se apegou a Deus para enfrentar as dificuldades.
São José dos Pinhais, PR…[ASN] A notícia de que um bebê está a caminho é uma das grandes alegrias de um casal. Com Luciana De Lazzari não foi diferente. A descoberta da gravidez fez com que ela e seu esposo, Marcos De Lazzari, vibrassem e sonhassem com cada detalhe até o esperado momento de conhecer o pequeno João.
Os primeiros meses de gestação foram de muita tranquilidade, mas logo as más notícias começaram a surgir. Ao realizar a ecografia de 20 semanas, a médica analisou que o filho de Luciana tinha as mãos e os pés tortos, além de um grave problema cardíaco, tendo a possibilidade da jovem sofrer um aborto até o oitavo mês, ou de a criança nascer e em pouco tempo morrer. “Nesse momento todos os sonhos se desfizeram e aquelas palavras me impactaram de tal maneira que parecia que meu filho já tinha morrido. Foi o pior momento de nossas vidas”, relembra.
O medo era grande, entretanto, a oração foi a principal ferramenta nesses momentos de insegurança. A intercessão entrou em ação. “Pedimos oração aos irmãos e de forma insistente buscamos a Deus de madrugada , na hora do almoço e ao entardecer. Solicitamos ao pastor para que fizesse por nosso filho a oração de Tiago 5:14-16, e nosso João foi ungido dentro da barriga”, conta Luciana.
Novamente, a jovem realizou o mesmo exame com outro profissional, para ter uma segunda opinião. Após uma análise minuciosa, foi descoberto que o bebê realmente apresentava mãos e pés tortos, mas não tinha problemas cardíacos. Para Luciana, o milagre estava acontecendo. Por enxergar a maternidade como um plano de Deus para a sua vida, ela procurou fazer tudo o que estava ao seu alcance. Mesmo diante dos questionamentos, encontrou paz no Deus que a ensinou a crer e a confiar em Suas promessas.
E com essa paz em meio às tempestades, foi que a mamãe de primeira viagem conseguiu montar o quartinho, organizar o chá de bebê e realizar a sessão de fotos. Coisas aparentemente comuns para aqueles que esperam um filho, mas que diante da situação que estava vivendo poderia ser um exercício de fé.
No dia 6 de novembro de 2013, João finalmente nasceu. Os problemas cardíacos não vieram, mas as más-formações previstas se concretizaram. A criança apresenta uma doença genética chamada de TAR. Mas como a própria Luciana descreve: “junto com o nascimento de um filho, nasce também uma mãe”. E no seu amor de mãe, esses imprevistos não influenciaram no que sentia pelo João. “O amor por ele era tão grande que suas diferenças anatômicas nem me incomodavam, ele me ensinou o que é amor incondicional. Se eu achava que já tinha mudado naqueles meses da gestação, eu nem imaginava que a relação com o bebê faria tanto por meu caráter”, diz.
Desde os 13 dias de vida, João está em tratamento. Em dois anos, quatro cirurgias já foram realizadas. Todo esse processo trouxe lições que Luciana carrega por toda a vida. “Ser mãe me colocou mais aos pés de Deus, pois só ali é que eu encontro a direção a seguir”, entende.
Em um post no blog Mamãe Real, ela foi convidada a compartilhar como é ter um filho em situação especial. Em seu texto, Luciana encoraja e motiva outras mães que talvez estejam passando pela mesma situação que ela. “Agora, você irá comemorar as pequenas conquistas como se fossem grandes vitórias, tudo será motivo para festa, a vida terá mais sabor e você irá vivê-la mais intensamente, pois você verá crescer um vencedor!”, escreve.
Luciana é enfermeira. Após um período de licença, a jovem voltou ao trabalho. Porém, aos poucos percebeu que cuidar de seu filho em tempo integral seria algo bem importante. Com muita oração, orientações profissionais e buscando conhecimento, Luciana decidiu deixar o profissional em segundo plano para, no momento, cuidar de João. “De fato, ser mãe em tempo integral é um dos maiores presentes que Deus me deu! Ver meu filho crescer e se desenvolver, ensiná-lo a amar a Deus, e dedicar o meu melhor pela sua educação é uma das maiores bençãos que recebi”, sente.
As dificuldades que a vida apresenta para a família, Luciana encara como algo positiva, e garante: “Levamos uma vida leve e feliz.” [Equipe ASN, Jéssica Guidolin]