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Como começaram as trevas morais 

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Olá, amigos! À medida que continuamos nossa jornada através do Grande Conflito, nos lembramos de ler no capítulo 2 sobre a terrível perseguição que os primeiros cristãos sofreram nas mãos do império romano secular. No entanto, a perseguição apenas atiçou as chamas da verdade e os cristãos continuaram aumentando em número. Vendo que seu propósito foi frustrado, Satanás mudou de tática. A perseguição cessou e o compromisso penetrou na igreja primitiva, exaltando as práticas pagãs e minimizando os claros ensinos de Cristo.

Aparecimento da grande apostasia

Hoje vamos ver como o surgimento de uma grande apostasia, e seu líder, foi predito pelo apóstolo Paulo aproximadamente cinco séculos antes, quando ele escreveu aos crentes em Tessalônica, declarando como a segunda vinda de Cristo não aconteceria. Ele escreveu: "Ninguém, de modo nenhum, os engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, apresentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Tessalonicences 2:3,4).

Mistério da iniquidade

Quem é esse "homem da iniquidade", que se opõe a Deus e busca tomar o lugar de Deus na Terra por meio de ensinamentos e práticas blasfemas? Lendo no capítulo 3 de O Grande Conflito, vemos que isso não foi revelado imediatamente:

"Pouco a pouco, a princípio furtiva e silenciosamente, e depois mais às claras, à medida em que crescia em força e conquistava o domínio da mente das pessoas, o mistério da iniqüidade levou avante sua obra de engano e blasfêmia. Quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã" (O Grande Conflito, p. 49).

União maldita

À medida que a igreja medieval buscava obter riqueza e poder, ela foi levada a fazer uma conciliação entre o paganismo e o cristianismo, suplantando a palavra de Cristo pela fidelidade a um ser humano, o poderoso bispo de Roma.

No ano 533 d.C., o imperador romano Justiniano declarou o bispo de Roma, isto é, o Papa, “cabeça de todas as santas igrejas”. Após a expulsão dos arianos ostrogodos de Roma em 538 d.C., o papado ganhou pleno poder político e religioso. Mais tarde, o Papa recebeu o título de Divindade, "Senhor Deus, o Papa", e foi considerado infalível, visto como verdadeiramente Deus e homem.

Nós lemos que, pelo fato de que a Bíblia "exaltaria a Deus e colocaria o homem finito em sua verdadeira posição; portanto, suas sagradas verdades deveriam ser ocultadas e suprimidas. Esta lógica foi adotada pela Igreja de Roma. Durante séculos a circulação da Escritura foi proibida. Ao povo era vedado lê-la ou tê-la em casa" (O Grande Conflito, p. 51).

Sem a Bíblia como salvaguarda, as pessoas não tinham padrão para distinguir entre o certo e o errado e ficavam à mercê de uma Igreja e de um clero corruptos.

Uma maneira pela qual o paganismo entrou na Igreja foi através da adoração de imagens. Os ídolos, anteriormente venerados como deuses pagãos, foram simplesmente transformados nos chamados santos cristãos e adorados. Desta forma, grandes grupos de pessoas se tornaram cristãos nominais.

“Venerável dia do Sol”

Talvez uma das maneiras mais significativas pelas quais o paganismo entrou na Igreja foi por meio da adoração do chamado "venerável dia do Sol" - ou seja, o domingo.

Mas isso não aconteceu de repente. "Nos primeiros séculos o verdadeiro sábado", que é o sábado do sétimo dia, "foi guardado por todos os cristãos. Eram estes ciosos da honra de Deus, e, crendo que Sua lei é imutável, zelosamente preservavam a santidade de seus preceitos" (O Grande Conflito, p. 52). Mas, nos é dito, que Satanás trabalhou com grande sutileza, operando "mediante seus agentes para efetuar seu objetivo" (O Grande Conflito, p. 53).  O domingo se transformou num festival em honra da ressurreição de Cristo.

Ao longo dos anos, o domingo continuou a ser celebrado como um grande festival, enquanto o sábado era um dia de jejum e labuta. Finalmente, a festividade pagã veio "a ser honrada como instituição divina, ao mesmo tempo em que se declarava ser o sábado bíblico relíquia do judaísmo, amaldiçoando-se seus observadores" (O Grande Conflito, p. 53).  

Por volta do século VI, o papado estava firmemente estabelecido, e os 1.260 anos de opressão papal profetizados nos livros de Daniel e Apocalipse haviam começado.

Falsos mediadores

O papa e os padres eram vistos como os únicos mediadores entre Deus e os seres humanos. A salvação pelas obras foi ensinada, incentivando longas peregrinações, atos de penitência, construção de igrejas e santuários e pagamento de grandes somas à igreja para obter um caminho para o céu. A doutrina das indulgências foi introduzida, proporcionando uma maneira de as pessoas "pagarem" pelos pecados que planejavam cometer no futuro.

Ensino destruidor

O falso ensino da imortalidade da alma foi trazido à tona, levando à adoração da Virgem Maria e à adoração dos santos celestiais. Isso abriu a porta para a heresia do tormento eterno em um inferno eterno, junto com a ideia de purgatório, uma espécie de casa intermediária onde depois de sofrer por um tempo está pronto para ser admitido no céu.

Talvez uma das heresias mais ousadas tenha sido o sacrifício idólatra da missa, onde, afirmava-se, o sacerdote oficiante tinha o poder de converter "o simples pão e vinho no verdadeiro 'corpo e sangue de Cristo'" (O Grande Conflito, p. 59).

Para aqueles que não aceitariam esses ensinamentos e práticas idólatras e heréticas, a tortura e a morte os aguardavam. No século XIII foi estabelecido o mais terrível instrumento do papado - a Inquisição. Por quase quatro séculos, incontáveis homens e mulheres experimentaram horríveis torturas e mortes por não se ajoelharem diante desse falso poder religioso.

1.260 anos de escuridão

Durante os 1.260 anos de escuridão preditos pela profecia, a palavra de Deus foi quase banida da face da Terra. O mal tinha pleno domínio, com crimes impensáveis sendo cometidos e celebrados.

E, no entanto, a luz da verdade de Deus nunca foi totalmente extinta. Ao longo da história, Deus sempre preservou um remanescente fiel à Sua Palavra.

Na próxima semana, ao continuarmos nosso estudo do livro O Grande Conflito, aprenderemos sobre um grupo especial de pessoas que destemidamente carregaram a tocha da verdade durante este período tão sombrio.

Se você ainda não obteve uma cópia deste livro incrível, eu o encorajo a visitar greatcontroversyproject.org, onde você pode baixar uma cópia gratuita hoje.

Ao encerrarmos nosso tempo juntos, convido você a orar comigo agora.

Oração

Pai nosso que estás nos céus, reconhecemos que literalmente milhões de pessoas sofreram porque acreditaram em Tua palavra sagrada escrita e quiseram seguir as instruções do céu. Obrigado por nos dares a Bíblia. Obrigado por nos dares a oportunidade hoje de ter acesso à Santa Palavra. Ajuda-nos a ler, a viver, a promover e compartilhar a Bíblia. E Senhor, por favor, guia-nos à medida que avançamos para o futuro e quaisquer desafios que possamos enfrentar, que possamos sempre, como os antigos, nos apoiar completamente em Ti e em Tua palavra para nos levar adiante. Obrigado! Em nome de Jesus, amém.


Ted Wilson é o presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.