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Coluna | Wilson Borba

Nascimento de Cristo

De nada valeria Jesus nascer mil vezes na manjedoura de Belém se não nascer em nosso coração.


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Natal
De nada valeria Jesus nascer mil vezes na manjedoura de Belém se não nascer em nosso coração. (Foto: Shutterstock)

Novamente nos aproximamos do período em que muitos lembram do Natal. Infelizmente costumes populares se desenvolveram independentemente da comemoração do nascimento de Jesus Cristo e se perdeu de vista a revelação divina nas Escrituras Sagradas. Shoppings e casas comerciais, belamente adornados e ao som de músicas natalinas, sensibilizam o coração de muitos.

Apesar da crise, comerciantes reforçaram o estoque de mercadorias e, a fim de garantir a festa, milhares finalmente afluirão às lojas e aos supermercados em busca dos presentes, alimentos e bebidas. Sem muita dificuldade, é possível perceber que meras tradições natalinas não promovem um verdadeiro reavivamento espiritual entre o povo, que em geral concebe o Natal como um evento social, ocasião para comilanças e bebedices.

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Portanto, atualmente também deveríamos atender o convite: “Vamos até Belém e vejamos isso que aconteceu e o que o Senhor nos revelou” (Lucas 2:15). Mas, não necessitamos literalmente ir a Belém e a fim de saber o que foi revelado aos antigos pastores. Basta irmos à Palavra de Deus.

Relato bíblico

“Havia naquela mesma região pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante a noite. Apareceu-lhes um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e ficaram atemorizados. O anjo lhes disse: Não temais. Eu vos trago notícias de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lucas 2:8-10). Tomando em conta que raramente anjos de Deus aparecem aos seres humanos, você já pensou porque o Senhor enviou o resplandecente anjo das boas novas do nascimento do Salvador Jesus Cristo a pobres pastores de ovelhas, passando por alto os homens mais cultos, ricos e importantes da nação judaica?

Considerando que Deus não faz acepção de pessoas, “mas lhe é agradável aquele que em qualquer nação, o teme e faz o que é justo” (Atos 10:34, 35), a questão não tem que ver com posição, mas com disposição. Deus não vê como vê o homem. Ele olha o coração e não apenas a aparência exterior (1 Samuel 16:7).

Devemos considerar que a revelação divina a respeito do nascimento de Cristo foi dada em benefício geral de todo povo, mas à semelhança de outros casos, a revelação foi primeiramente endereçada aos servos de Deus (Apocalipse 1:1). Aqueles homens humildes aguardavam o cumprimento da promessa da vinda do Messias e este era o tema de suas meditações e conversas. Tal como o anjo do Senhor, aqueles homens foram cercados pela glória do Senhor porque mantinham comunhão com o Senhor.

Assim como Deus fez do seu anjo um receptor e mensageiro das boas novas a respeito do Salvador, aqueles pastores foram escolhidos, não apenas para receberem, mas transmitirem a todo o povo as boas novas do nascimento de Cristo. “Na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto vos servirá de sinal: Achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”(Lucas 2:11, 12).

O anjo revelou-lhes importantes verdades:

  1. “Na cidade de Davi”. O Messias nasceu em Belém. Setecentos anos antes, Miquéias profetizara a este respeito (Miquéias 5:2). O Messias deveria ser da descendência de Davi, (Isaías 9:7; 11:1-4; Mt 1:1-16), e denominado “Filho de Davi” (Mateus 15:22; 20:31;
  2. “Vos nasceu”. Quem deu o presente foi Deus. A criança seria uma dádiva do Céu aos homens. (Isaías 9:6; João 3:16). Este texto aponta para a humanidade do Messias. Ele seria um homem real. Um dos títulos preferidos de Jesus era “Filho do homem” (Mateus 8:31; Lucas 21:27;
  3. “o Salvador”. A missão do recém-nascido seria salvar os homens de seus pecados (Isaías 52:13-15; 53:1-12; Mateus 1:21; 1 Tm 1:15).
  4. "hoje." O nascimento de Jesus foi um evento histórico. Se aquele dia não ocorreu em 25 de dezembro, o que importa? Isto não deveria nos impedir de glorificar a Deus pelo nascimento do Salvador.
  5. “Que é Cristo”. Cristo é sinônimo de Messias, uma adaptação para o Português da palavra mashiach que significa ungido. Jesus é o Cristo (João 4:25, 26).
  6. “o Senhor”. O Bebê da manjedoura é o Senhor. Sua natureza não é apenas humana, pois Ele é Deus (Mateus 1:23; João 1:1, 14).
  7. “Isto vos servirá de sinal”. O anjo fez uma implícita referência à Criança de Isaías 7:14.
  8. “Achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.” Mas, o anjo teve de orientar os pastores para não caírem no engano de rejeitar o Messias por causa de suas estreitas concepcões e preconceitos humanos. O que seria dos pobres se Jesus tivesse nascido em berço de ouro?
  9. “No mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens a quem ele quer bem” (Lucas 2:13,14). Aqui é revelado o verdadeiro espírito do Natal. Amor a Deus e ao próximo. Deveríamos estudar e viver este cântico.

Amigo, de nada valeria Jesus nascer mil vezes na manjedoura de Belém se não nascer em nosso coração. Você já aceitou a Jesus Cristo como o Senhor e Salvador da sua vida? Feliz Natal!

Veja esse vídeo especial!

Wilson Borba

Wilson Borba

Sola Scriptura

As doutrinas bíblicas explicadas de uma forma simples e prática para o viver cristão.

Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo. Possui mestrado e doutorado na mesma área pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho. Possui um mestrado em Sagrada Escritura e outro doutorado em Teologia pela Universidade Peruana Unión (UPeU). Ao longo de seu ministério foi pastor distrital, diretor de departamentos, professor e diretor de seminários de Teologia da Igreja Adventista na América do Sul.