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Coluna | Ricardo Vargas

O que podemos aprender com a dieta de Adão e Eva?

Quais alimentos faziam parte da alimentação original no Éden, e porque outros foram acrescentados após a entrada do pecado


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A dieta estabelecida por Deus para o ser humano incluía cereais, leguminosas, frutas e sementes oleaginosas. Verduras e hortaliças foram acrescentadas após o pecado para prevenir e tratar doenças. (Foto: Shutterstock)

“E Deus disse ainda: - Eis que lhes tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso servirá de alimento para vocês”. (Gênesis 1:29). Já no primeiro capítulo da Bíblia, existe uma orientação sobre qual deveria ser a alimentação do ser humano. Mas é importante compreender quais alimentos faziam parte desta alimentação original.

"Toda erva que dê semente" é uma expressão que faz referência aos cereais (arroz, trigo, aveia, milho, centeio, cevada, etc.) e às leguminosas (feijões, grão de bico, lentilha, ervilha, soja, tremoço, amendoim, etc.). Já "toda árvore em que há fruto que dê semente" é uma referência às frutas e às sementes oleaginosas (castanhas em geral). Essa era a dieta original de Adão e Eva. Note que verduras e hortaliças folhosas não faziam parte dela, que já atendia a todas as necessidades nutricionais do casal.

Um acréscimo à dieta

Devemos lembrar que no Éden, antes do pecado, reinava a ordem; não havia morte, doenças, transtornos emocionais ou qualquer tipo de sofrimento. Com a entrada do mal no mundo, todas essas coisas passaram a atingir o ser humano e toda a natureza ao seu redor. Mas o amor de Deus para com o casal não mudou, e Ele fez um acréscimo à dieta original: "Ela produzirá também espinhos e ervas daninhas, e você comerá a erva do campo" (Gênesis 3:18).

Mas qual a motivação de Deus para permitir que o homem comesse da “erva do campo”, antes proibidos? Bom, Ele sabia que esses vegetais são ricos em compostos bioativos. Isso os torna alimentos funcionais, que não apenas nutrem o corpo, mas previnem e tratam doenças. Logo, sofrimento da raça humana pós-pecado poderia ser amenizado com o consumo destes alimentos.

A ciência tem dedicado tempo e recursos para estudar os alimentos e suas propriedades funcionais. No entanto, o mundo consumista passou a isolar esses compostos bioativos para venda encapsulada, que é bastante lucrativa. Minha sugestão é que você tenha uma alimentação variada e tão colorida quanto possível. Assim, você garante praticamente todos os nutrientes de que precisa e que estão disponíveis na natureza.

Faça exames bioquímicos de rotina, ao menos uma vez por ano. Se houver alguma alteração ou deficiência, faça as correções necessárias. Isso é importante, pois parte dos nutrientes dos alimentos é perdida devido ao uso de defensivos agrícolas, transporte, industrialização e processos de preparação dos alimentos.

Ricardo Vargas

Ricardo Vargas

Bem nutrido

Orientações e dicas práticas e fáceis sobre como se alimentar bem e ter qualidade de vida

Com formação em Zootecnia e Nutrição, é analista em Inteligência Emocional pelo Instituto Menthhes. Colunista da Rádio e TV Novo Tempo, é palestrante e consultor de saúde.