Liberdade de consciência no fim dos tempos
Quanto mais se aproxima do fim, mais questões sobre liberdade religiosa se tornam motivo de controvérsia. Leia o artigo e entenda.
A seguinte notícia me chamou muito a atenção. Uma escrivã do estado americano do Kentucky foi presa no dia 03 de setembro por descumprir uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que regulamenta o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Para se negar a realizar casamentos entre homossexuais, ela argumenta que o casamento gay não é reconhecido por Deus. O caso ganhou destaque depois que ela discutiu com dois homens que tentavam se casar. O caso é um claro conflito de consciência e liberdade religiosa. Para a escrivã, assinar uma certidão de casamento de uma união que não está de acordo com a sua crença seria obrigá-la a ratificar algo que não concorda por estar em conflito com suas convicções.
Há dois meses, a Suprema Corte Americana legalizou o casamento gay nos 50 estados americanos. Mas ela nunca assinou uma única certidão de dois noivos ou duas noivas. Ela entrou na Justiça e perdeu. Recorreu, foi parar na prisão e o juiz avisou que ela ficaria na cadeia até decidir cumprir a lei. O que não aconteceu, pois foi solta antes de mudar a sua opinião.
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Quando o assunto ganhou as manchetes, um grupo de líderes cristãos evangélicos enviou ao Supremo Tribunal Americano um documento para que eles reconsiderassem reconhecer a legalização do casamento homossexual. Essa declaração pode ser vista aqui. O casamento é ontologicamente entre um homem e uma mulher, aberto a crianças e formativo da família. A família é a primeira célula vital da sociedade, o primeiro governo e a primeira instituição mediadora da nossa ordem social. O futuro de uma sociedade livre e saudável passa pelo casamento e a família. Essa também é a visão bíblica do assunto. A experiência e a história têm nos mostrado que, se o governo redefine o casamento ao conceder uma equivalência legal a casais do mesmo sexo, ele mesmo vai gerar uma colisão inevitável com a liberdade de consciência e os direitos religiosos que estão embasados na Bíblia.
Um estado laico não pode obrigar uma pessoa a trair sua consciência religiosa e suas bases de fé dentro da esfera democrática. Qualquer ponto que desvirtuar isso será seguir um caminho totalitário impositivo. Isso não significa, definitivamente e absolutamente, que aqueles que são contrários a uniões homossexuais tenham qualquer direito de perseguir, odiar, agredir, humilhar, promover violência ou qualquer outra manifestação homofóbica. Há outras considerações que não são apenas de consciência religiosa dentro da não aceitação de uniões legais homoafetivas. Por exemplo, tais uniões transmitem a mensagem que mãe e pai são completamente irrelevantes para o bem-estar das crianças propondo um sistema familiar completamente oposto ao que apoia a Bíblia.
Partindo desse ponto, ao meu ver, nenhuma Corte ou Governo têm autoridade de entrar nesse campo e dizer como devem ser estabelecidos os laços matrimoniais. Isso é um assunto mais complexo e não deve ser apenas tratado considerando as partes envolvidas, mas no que implicará a decisão em curto, médio e longo prazo.
Paulo falando sobre o tempo do fim para Timóteo escreveu o seguinte: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão... sem amor pela família...”(2 Timóteo 3:1 e 4).
O que estamos vendo na sociedade é um dos cumprimentos proféticos. A liberdade religiosa, que agora temos, um dia não teremos mais. A situação está ficando cada vez mais complexa e fazer a vontade de Deus será uma prova de fé aos que decidirem não abaixar as suas cabeças para toda a mudança moral e de princípios que jogam por terra a revelação do Senhor. Enquanto temos a liberdade religiosa é fundamental discutir o que ela significa e deixar claro que as pessoas podem lutar por seus direitos, mas não podem obrigar a outros que pensem como elas pensam ou acreditam. Os cristãos tem suas convicções pautadas na Bíblia e disso não se abre mão.
Cada avanço em estabelecer leis que se chocam com o “Assim diz o Senhor” representa que mais perto estamos do fim. Daniel nos diz que nos últimos dias viveremos um tempo de angústia do qual nunca houve e isso seguramente será o resultado do afastamento da Bíblia com seus padrões de moral e conduta. Os passos já estão sendo dados para isso.
E o que devem fazer aqueles que são homossexuais? Não vou entrar nas discussões sobre a causa da homoafetividade neste artigo, mas quero deixar claro que a Bíblia não aprova relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. Voltando a pergunta do começo do parágrafo, como escrevi em uma coluna aqui no site em 2013 aquele que quer seguir a Bíblia e reconhece as suas tendências homossexuais, deve se fazer casto por amor do evangelho.
O conselho bíblico é sempre bem oportuno: Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros. 2 Crônicas 20:2