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Coluna | Paulo Coelho

Onde investir: renda variável

Para alcançar a rentabilidade neste segmento é preciso estudar o mercado e ficar de olho nas tendências


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Gráficos com índices do mercado financeiro (Foto: Shutterstock)

No artigo anterior dei um panorama sobre investimentos em renda fixa e fiz comparações entre alguns títulos que o mercado financeiro oferece para o investidor. Neste, portanto, vou falar a respeito de outro produto: a renda variável.

Como o próprio nome já diz, o lucro ou rentabilidade é variável, incerto. Pode ser positivo ou negativo, dependendo de alguns fatores que não estão sob o controle do investidor.

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Neste seguimento encontram-se dois tipos de investidores, também chamados de players: os fundamentalistas e os grafistas. Fundamentalistas são aqueles que analisam os balanços, os números da empresa em que querem investir (análise interna) e avaliam o mercado onde os produtos e serviços desta companhia são oferecidos (análise externa). Após este estudo, se decide comprar (investir) ou vender (desinvestir) em determinada organização.

Já os grafistas são os investidores que veem a tendência de baixa ou de alta de uma ação e compram ou vendem conforme os gráficos se movimentam.

Tipos de investimentos

Para investir em renda variável, basicamente existem duas formas. A primeira é sendo um destes players, fazendo um cadastro numa corretora para obter acesso à compra ou à venda das ações listadas na bolsa de valores ou comprando algum fundo de renda variável que um banco esteja oferecendo.

Isso significa que o gestor (banco) contratado escolhe as ações e o momento de comprá-las ou de vendê-las e o investidor apenas recebe a rentabilidade deste fundo. Esse modelo é bem mais fácil e simples e normalmente é utilizado por quem está começando a se inteirar deste mercado ou por quem não tem tempo de ficar navegando no homebroker (site) da corretora para efetuar suas próprias compras e vendas.

Se você optar por fazer seus próprios investimentos, precisará se familiarizar com alguns termos utilizados por este segmento para não ser o “mico” (investidor que fica comprado em alguma ação e não consegue vender porque não há quem queira comprar). Você poderá ser ativo, passivo ou os dois ao mesmo tempo.

Investidor passivo aplica em índices, que são chamadas de ETF (Exchange Traded Fund), e não em ações diretas. Se o investidor quer acompanhar a rentabilidade da Ibovespa, por exemplo, investe na ETF chamada BOVA. Já para a bolsa americana (SP500), opta pela ETF IVVB, entre outras opções.

O investidor ativo, por sua vez, escolhe o tipo de segmentos da Bolsa (petróleo, bancos, varejo, small caps, etc) que lhe interessa e qual a empresa mais atrativa para investir.

Veja o exemplo: Segmento - bancos. Empresas listadas na Bolsa para investir - Bradesco, Brasil, Itaú, Santander, outros. Neste caso, a rentabilidade obtida não acompanhará a do Ibovespa e sim a variação de mercado das ações do banco que se comprou.

De olho nos custos

Quem está iniciando deve prestar atenção no custo de corretagem, tanto na compra como na venda, e o custo com a custódia. Se essas questões não forem levadas em consideração, a rentabilidade poderá ficar apenas para cobrir os custos de operação.

Para seguir crescendo nessa área, estude o mercado e as empresas, faça bons investimentos e mantenha as finanças em dia.

Paulo Coelho

Paulo Coelho

Finanças em dia

Dicas, orientações e conselhos sobre como manter as contas pessoais em dia levando em conta a Bíblia.

Administrador, pós-graduado em Gestão Executiva em Fundos de Pensão, possui MBA em Gestão Financeira de Mercado de Capitais e mestrado em Liderança pela Universidade Andrews.