Dinheiro: Bênção ou maldição?
Leia atentamente esse artigo que trata do uso que, como cristãos, fazemos do dinheiro.
Modelos culturais moldam nossa forma de pensar e agir, criando o chamado modelo mental. O mundo ocidental tem seus valores morais baseados no modelo cristão, basicamente dividido em duas correntes: católico e protestante. Mesmo uma pessoa que se considera ateu, se foi educada no ocidente apresentará tais valores. Muitos ocidentais leram e releram o relato bíblico descrito no livro de Mateus 19, no verso 23, onde encontramos a seguinte frase: “Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.” Interpretada de forma equivocada, esta frase tem levado muitos ocidentais a crerem que o dinheiro é uma maldição. Quando lemos o verso 29, podemos entender que o princípio por trás do texto vai no sentido de permitir que Cristo ocupe o primeiro lugar na nossa vida.
Este artigo não tem a intenção de discutir o texto bíblico, mas, sim, chamar a atenção para a forma como enxergamos o dinheiro. Algumas pessoas entendem que o dinheiro é uma maldição e, por esta razão, nunca vão ficar ricos ou fazer planos para obter bens valiosos, pois isso pode custar a vida. Porém, o livro de Provérbios, no capítulo 22 e versículo 4, diz: “A recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a honra e a vida.” Abraão, Ló e outros receberam essas recompensas. Portanto, a forma como enxergamos o dinheiro nos ajuda a pensar e agir.
Ellen White, escritora norte-americana, escrevendo sobre finanças domésticas, no livro Lar Adventista, na página 375, afirmou: “Cuidado para que tuas despesas não vão além de tua renda. Contém teus desejos.” Em Obreiros Evangélicos, pagina 460, White declara: “Todos devem aprender a tomar notas de suas despesas. Alguns o negligenciam como não sendo coisa essencial; é um erro, porém. Todas as despesas devem ser anotadas com exatidão.”
Declarações como essas nos levam a entender que é producente o cuidado com os gastos e, também, com os investimentos das rendas que nos pertencem. Mudar o modelo mental não é tarefa fácil, pois precisa de muito disposição, empenho, dedicação, disciplina e conhecimento. Enxergar o dinheiro como uma bênção é um primeiro passo para avançar e começar a economizar. O passo seguinte será gastá-lo com consciência e não na emoção do momento. Entendendo que o dinheiro é uma bênção, passe a anotar seus gastos, economizar, gastar baseado na razão e não na emoção. Após algum tempo, será possível observar a prosperidade fazendo parte de sua vida.
Nesta etapa, permaneça a fazer uso dos bons hábitos adquiridos. Veja seus rendimentos crescerem e suas perspectivas financeiras expandirem.