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Coluna | Michelson Borges

Via Láctea pode ser um portal para outro lugar?

A famosa galáxia Via Láctea está envolta em nova controvérsia. Saiba qual lendo esse artigo.


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A hipótese do momento propõe que a Via Láctea inteira possa ser um gigantesco buraco de minhoca ou um tipo de “sistema de transporte intergaláctico”, um túnel no espaço-tempo capaz de nos levar aos confins do Universo. Pelo menos é o que pensa uma equipe de físicos indianos, italianos e norte-americanos. “Se combinarmos o mapa da matéria escura na Via Láctea com o modelo mais recente do Big Bang para explicar o Universo e aventarmos a hipótese da existência de túneis no espaço-tempo, o que temos é que a nossa galáxia realmente poderia conter um desses túneis, e que o túnel poderia até mesmo ser do tamanho da própria galáxia”, explica Paolo Salucci, astrofísico da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA), na Itália. “Mas há mais: nós poderíamos até mesmo viajar por esse túnel, uma vez que, com base em nossos cálculos, ele pode ser navegável, exatamente como aquele que vimos no recente filme Interestelar, acrescenta.

“O que tentamos fazer em nosso estudo foi resolver a equação fundamental na qual a astrofísica Murph [personagem do filme, interpretada por Jessica Chastain] estava trabalhando. É evidente que fizemos isso muito antes de o filme sair”, diz Salucci. “É, de fato, um problema extremamente interessante para estudos da matéria escura. Obviamente não estamos afirmando que nossa galáxia definitivamente seja um buraco de minhoca, mas simplesmente que, de acordo com os modelos teóricos, essa hipótese é uma possibilidade.”

Mas essa teoria poderia ser testada experimentalmente, como pede a boa ciência? “Em princípio, poderíamos testar a hipótese comparando duas galáxias – nossa galáxia e outra, muito próxima, por exemplo a Nuvem de Magalhães –, mas ainda estamos muito longe de qualquer possibilidade real de fazer essa comparação”, admite Salucci, e salienta que os cientistas vêm tentando há muito tempo explicar a matéria escura levantando a hipótese da existência de uma partícula específica, o neutralino, que, no entanto, nunca foi identificada no LHC nem observada em lugar algum.

Salucci diz ainda que “a matéria escura pode ser ‘outra dimensão’, talvez até mesmo um sistema central de transporte galáctico. De qualquer forma, nós realmente precisamos começar a nos perguntar o que a matéria escura é”.

Essa notícia me fez pensar em alguns paradoxos...

Para muitos, é impossível que um dilúvio tenha devastado a face da Terra, a despeito das muitas evidências disso. É impossível que um Criador inteligente tenha sido responsável pela criação da vida, a despeito das evidências de design inteligente na criação. É impossível que a informação complexa e específica da qual a vida depende tenha sido provida por uma Fonte informante, embora isso seja uma necessidade evidente. É impossível que as constantes universais das quais a realidade depende para existir precisem de um Ser inteligente que as tenha regulado, embora tudo indique que o “acaso” seja incapaz disso.

Mas aí alguns cientistas propõem uma hipótese sem qualquer evidência empírica, baseados apenas em equações, e a mídia aclama isso quase como fato. E eles ainda recebem apoio e verba para pesquisar (o que não é o maior problema, evidentemente). A suspeita deles pode até, eventualmente, ser confirmada, o que seria bem interessante. Mas por que não existe a mesma abertura de mente (e liberação de verbas) para pesquisas que tenham um cunho criacionista, muitas das quais dispõem de mais evidências?

Vai entender...

 

Michelson Borges

Michelson Borges

Ciência e Religião

As principais descobertas da ciência analisadas do ponto de vista bíblico.

Jornalista, é editor na Casa Publicadora Brasileira (CPB) e autor de vários livros, como A História da Vida e Por Que Creio. Pós-graduando em Biologia Molecular e mestre em Teologia, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários em diversos lugares do Brasil e do exterior. Mantém o blog criacionismo.com.br @criacionismo