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Coluna | Michelson Borges

Leite de mosca

A mosca tsé-tsé produz um único ovo por vez e a larva fica incubada no útero, onde é alimentada pela mãe com uma substância parecida com leite. Estudando essa mosca, pesquisadores ficaram surpresos ao perceber que o leite dela contém uma enzima chama...


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A mosca tsé-tsé produz um único ovo por vez e a larva fica incubada no útero, onde é alimentada pela mãe com uma substância parecida com leite. Estudando essa mosca, pesquisadores ficaram surpresos ao perceber que o leite dela contém uma enzima chamada esfingomielinase, ou SMase, importante também na lactação dos mamíferos. Segundo Joshua Benoit, entomólogo da Universidade de Yale, isso significa que a mosca tsé-tsé pode ser usada em estudos sobre problemas de lactação em humanos. Benoit e os colegas dele publicaram a descoberta no periódico científico The Biology of Reproduction.

Em seres humanos, a deficiência de SMase pode causar a doença de Niemann-Pick, distúrbio neurológico que pode ser fatal em crianças pequenas, daí a importância das pesquisas sobre essa enzima compartilhada por pessoas e moscas.

Se apenas a deficiência de SMase pode ser fatal para as crianças, como conceber, do ponto de vista darwinista, a ideia de que todo o mecanismo da lactação e o ajuste fino das propriedades do leite materno em relação às necessidades do bebê pudesse ter evoluído aos poucos, passo a passo? Se apenas uma enzima faz toda essa falta, o que dizer de tudo o mais?

Mas o detalhe importante nessa pesquisa ainda não é esse. Seres humanos e moscas, definitivamente, não são “parentes” próximos na suposta árvore evolutiva. Ok. Então como explicar que seres vivos tão distantes tenham “evoluído” as mesmas enzimas e mecanismo semelhante de lactação?

Na verdade, isso é comum na natureza: o voo, a despeito de toda a complexidade envolvida no processo, “evoluiu” em seres tão diferentes quanto mamíferos, répteis, aves e insetos; a visão, igualmente, “evoluiu” de modo muito semelhante em criaturas como lulas e seres humanos; e assim por diante. Esse fato fala mais a favor do design inteligente (das digitais do Criador) ou da macroevolução cega?

Michelson Borges

Michelson Borges

Ciência e Religião

As principais descobertas da ciência analisadas do ponto de vista bíblico.

Jornalista, é editor na Casa Publicadora Brasileira (CPB) e autor de vários livros, como A História da Vida e Por Que Creio. Pós-graduando em Biologia Molecular e mestre em Teologia, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários em diversos lugares do Brasil e do exterior. Mantém o blog criacionismo.com.br @criacionismo