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Coluna | Michelson Borges

Cientistas “simplificam” bactéria e falam em evolução!

A tal criação de uma bactéria foi realmente algo que cientistas estabeleceram do nada? Leia esse artigo e faça suas considerações.


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Segundo matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, “pela primeira vez na história, pesquisadores conseguiram projetar do zero o genoma de um ser vivo (uma bactéria, para ser mais exato) e ‘instalá-lo’ com sucesso numa célula, como quem instala um aplicativo no celular”. Como era de esperar, a notícia foi veiculada nos meios de comunicação populares dando a impressão de que os cientistas teriam criado uma forma de vida a partir do nada, começando, como diz o texto da Folha, do “zero”. Ocorre que a bactéria syn3.0, como foi apelidada pela equipe do geneticista americano Craig Venter, contém 473 genes e 531 mil “letras”. Com menos do que isso, ela dificilmente existiria. E é bom lembrar que essas letras e esses genes, ou seja, essa informação genética não foi criada a partir do “zero”. O que os cientistas fizeram foi “desligar” os genes de uma bactéria já existente e implantar isso numa célula também já existente. Apagaram informação para ver com quanto a bactéria sobreviveria. Criaram absolutamente nada; apenas simplificaram o que já era complexo.

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A reportagem publicada pelo jornal explica que “Venter e companhia tiveram de suar um bocado e desenvolver suas próprias tecnologias para chegar à syn3.0, que teve um ponto de partida lógico: as bactérias que naturalmente já apresentam os genomas mais enxutos da natureza, parasitas pertencentes ao gênero Mycoplasma (em parte, seu DNA é tão simples porque conseguem obter boa parte dos recursos de que necessitam de seus hospedeiros humanos)”. Os cientistas inteligentes suaram a camisa e usaram muita tecnologia para simplificar uma forma de vida, e querem que acreditemos que uma forma de vida complexa poderia surgir a partir do nada, sem hospedeiros e com a capacidade de duplicar a si mesma.

Após anos de tentativa e erro, os cientistas perderam um padrão intrigante. “Havia genes que não pareciam essenciais e que podiam ser deletados sem muita dor na consciência. Entretanto, na verdade, eles formavam ‘pares’ com outros genes, como se fossem cópias de segurança um do outro – e aí, quando o segundo membro do parzinho era apagado, a célula se tornava inviável”. Cópias de segurança para a manutenção da vida! Isso lhe sugere acaso ou design inteligente?

Mas tem mais: a syn3.0 é tão simplificada que não consegue sobreviver fora do ambiente controlado do laboratório e precisa que lhe seja dado alimento especialmente preparado. Se a vida começou com algum tipo de bactéria “simples” assim, tão dependente, como pode ter sobrevivido no hostil e hipotético mundo primitivo?

Resumindo: instalaram um genoma simplificado numa célula. O genoma já existia e a célula também. Isso me faz lembrar da história do desafio que um cientista fez a Deus. Ele disse de maneira desafiadora: “eu também sou capaz de criar vida a partir do barro.” “Verdade?”, perguntou Deus. “Então me mostre.” “Me dê um pouco de barro”, pediu o cientista. “Nada disso! Providencie seu próprio barro”, respondeu o Criador.

Michelson Borges

Michelson Borges

Ciência e Religião

As principais descobertas da ciência analisadas do ponto de vista bíblico.

Jornalista, é editor na Casa Publicadora Brasileira (CPB) e autor de vários livros, como A História da Vida e Por Que Creio. Pós-graduando em Biologia Molecular e mestre em Teologia, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários em diversos lugares do Brasil e do exterior. Mantém o blog criacionismo.com.br @criacionismo