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Coluna | Emanuelle Sales

"Que cor devo usar na virada do ano?"

Nossa expectativa para o novo ano não deve estar pautada em superstições, mas no entendimento de que dependemos do Criador


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O cristão não se prende a crendices para "atrair sorte". Ele entende que seu bem-estar é fruto das bênçãos de Deus. (Foto: Shutterstock)

Lembro-me dos olhares assustados que recebi na última virada de ano ao usar um vestido preto. Era como se eu estivesse “pedindo para ser amaldiçoada” ao brincar com a sorte. Mas lá estava eu, feliz da vida, com meu delicado e lindo vestido escuro. Agradeci a Deus pelas oportunidades de 2016 e já antecipei a gratidão pelos sonhos que Ele realizaria em 2017. E como fui surpreendida! Recebi infinitamente mais do que pedi ou pensei.

Com a aproximação da virada de ano, assuntos supersticiosos se tornam manchete em várias revistas, sites e perfis de redes sociais. Além disso, as vitrines das lojas e as prateleiras dos mercados são especialmente produzidas para vender a esperança de um novo ano com mais amor, paixão, dinheiro, sucesso profissional e paz. Passa-se a mensagem de que a simples escolha da cor de roupa que você usará no réveillon e da comida que fará parte de sua ceia é capaz de lhe garantir essas bênçãos.

E você? O que pensa do envolvimento do cristão com as superstições?

Quem sabe você já se pegou dizendo algo do tipo: “Não acredito nessas coisas, mas não custa nada tentar” ou “é só uma brincadeira, uma tradição inocente”. O assunto místico foi tão romantizado pela sociedade que passou a parecer fanatismo se posicionar contra essas crendices. Mas “ingenuidade” e “inocência” estão bem longe de caracterizar a superstição. Vale lembrar que Deus fez um apelo para que Israel fugisse das práticas de adivinhações, mágicas e feitiçarias, pois isso era abominação ao Senhor (Deuteronômio 18:9-14).

Li numa matéria que a virada de ano é a hora em que todos nós devemos pensar positivo para atrair bons fluídos e garantir felicidade e sorte. Primeiramente, quero lhe convidar a questionar tudo que idealiza o ser humano como “o todo poderoso”. Fuja de tudo que coloca a força humana como superior à divina. Nós não temos o domínio sobre o mundo, e nossos pensamentos não regem o universo. Por mais poético que isso pareça, não é bíblico.

Devemos entender que a superstição é uma tentativa humana de solucionar seus problemas através de práticas que, supostamente, manipulam as forças sobrenaturais para o seu próprio proveito. Aparentemente, uma espécie de lâmpada mágica para quem acredita que pode resolver tudo sozinho, independentemente de Deus. É aí que o sentimento de autossuficiência guarda o Criador numa caixa e imobiliza o mundo com sua sobrecarga de fardos.

Perceba que “a superstição é a fé desviada de seu curso natural”. É quando a crença em falsas fórmulas mágicas substitui a fé num Deus Criador e Onipotente. Infelizmente, muitos cristãos ignoram sua total dependência do Senhor e recorrem a COISAS, como rezas, talismãs, cristais e até mesmo "cores da sorte". Posso te dar um conselho? Não se preocupe com a cor da roupa que vestirá na virada do ano, mas sim com a cor que revestirá sua alma em todos os 365 dias. "Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve” (Isaías 1:18). Estas cores sim fazem sentido!

Não permita que sua fé se desvie do curso divino para os caminhos enganosos do misticismo. Você não precisa de sorte, você precisa de benção! “Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!” (Efésios 3:20 e 21).

Feliz Ano Novo!

Emanuelle Sales

Emanuelle Sales

Imagem & Semelhança

Beleza e vestuário analisados segundo os critérios da Bíblia Sagrada em uma linguagem mais informal.

Jornalista, é criadora do blog Bonita Adventista e autora dos livros Espelho, espelho meu... agora o espelho é Deus; Imagem & Semelhança e Filha de Rei. Viaja pelo Brasil para palestrar sobre imagem cristã, autoestima e valorização pessoal.