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Coluna | Cuca Lapalma

Diga-me que brinquedo você compra e eu direi quem você adora

A escolha dos jogos que damos às crianças também é parte do grande conflito entre o bem e o mal


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A criança precisa de brinquedos que a conectem ao mundo real (Foto: Shutterstock)

Enquanto estamos neste mundo, tudo o que fazemos, as decisões que tomamos, marcam um curso no grande conflito entre o bem e o mal no qual estamos imersos. E algo tão pouco relevante aos olhos de alguns é quanto a escolha dos brinquedos que damos às crianças.

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Os brinquedos são objetos que servem para brincar, aprender e divertir. Eles servem como mediador na brincadeira, algo tão vital para o desenvolvimento das crianças. Brinquedos das mais variadas cores, texturas, funções e qualidades são acessíveis aos nossos filhos. Portanto, aqui não se coloca a reflexão sobre se o brinquedo é seguro ou apropriado para a idade da criança, pois essa informação é acessível a todos. O objetivo é pensar se o brinquedo que dou a meu filho pode interferir em sua caminhada cristã que apenas começou.

O que representa o brinquedo. Por trás dos brinquedos existem empresas que investem dinheiro para gerar vendas incentivando o consumo e promovendo filosofias. Assim como há alguns que defendem a criatividade e a imaginação, outros promovem a violência ou a prática de habilidades não reais, como superpoderes. Vamos evitar dar de presente brinquedos que coloquem a criança em contato com monstros, feitiçaria, violência, atividades sobrenaturais, estereótipos equivocados de beleza, alienígenas, deuses da mitologia, etc. Muitos pais cristãos impedem que seus filhos assistam a filmes que tratam desses assuntos, mas se mostram menos resistentes ao permitir que eles brinquem com brinquedos relacionados. As crianças tendem a imitar o que chama sua atenção e admiração, o que, em alguns casos, pode ser perigoso, porque a fantasia infantil se mistura com a realidade: crianças que pulam da mesa tentando voar como seu personagem favorito, outras que sofrem com pesadelos por medo, crescem com uma visão equivocada sobre beleza e aparência, etc. Não incentivemos o fanatismo através do consumo de brinquedos que idolatram personagens populares da mídia.

Os brinquedos não substituem os pais. A maior riqueza de brincar com um brinquedo, muitas vezes, é a interação que gera com o adulto, especialmente quando as crianças são pequenas. Por favor, não cometa o erro de pensar que sua única função é dar brinquedos de presente para a criança para entretê-la, nem dê presentes para compensar sua ausência. O que a criança necessita, mais do que um brinquedo, é sua presença.

As crianças não precisam de todos os brinquedos que pedem. É normal que elas peçam e queiram aquilo que chama sua atenção, mas isso não significa que você deve comprá-lo. Lembre-se de que as primeiras lições de educação financeira começam com esses pedidos simples: as compras de objetos que não são de primeira necessidade podem e devem ser planejadas, através da economia, por exemplo. É fundamental ensinar a diferença entre precisar e querer.

De que brinquedos meu filho precisa? Você certamente quer que seu filho seja feliz brincando e desenvolvendo sua criatividade e imaginação saudável. Hoje temos muitos brinquedos disponíveis, que são grandes aliados na educação em valores.

A criança precisa de brinquedos que a conectem ao mundo real: profissões, animais e natureza, cores, comidas, ciências, habilidades manuais, atividades diárias, etc. O acesso a livros também é ideal para desenvolver o hábito da leitura, o sossego, a imaginação, entre outros grandes benefícios.

A recomendação é que os brinquedos não tenham pilhas e que sejam simples, embora de boa qualidade.

Que o critério de Filipenses 4:8 seja um guia para a escolha dos brinquedos que damos às crianças: “[...] tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (NVI).

Cuca Lapalma

Cuca Lapalma

Construindo o futuro

Porque o futuro de nossa sociedade, das crianças de hoje, está em nossas mãos.

Bacharel em Psicopedagogia, deixou seu trabalho no centro de apoio escolar para se dedicar a cuidar de seus filhos pequenos. Atualmente formada como Licenciada em Letras, se dedica à tradução. Gerência um site com recursos digitais para os professores da Escola Sabatina das crianças chamado Adventprint e apoia fortemente o Ministério da Criança da Igreja Adventista na América do Sul.