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Coluna | Carolyn Azo

Você é carnal ou espiritual?

Faça um exame em si mesmo ao ler este artigo e descubra qual a sua situação


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O relacionamento íntimo e diário com o Espírito Santo ajuda a compreender a vontade de Deus (Foto: Shutterstock)

Há algumas semanas, comecei a ler um livro que está mudando minha forma de ver a vida espiritual, cujo título é Steps to Personal Revival (Passos para um Reavivamento Pessoal), que fala exclusivamente do Espírito Santo.

É preocupante que em um mundo ensurdecedor não possamos ouvir claramente a doce e agradável voz do Espírito Santo.

Quando cheguei ao segundo capítulo do livro, deparei-me com uma lição na qual ainda não me havia aprofundado em meu estudo diário da Bíblia, e é sobre isso que quero falar. Você já se perguntou por que Jesus chama os membros da Igreja de “mornos”? O que isso tem a ver com a proximidade dos cristãos com Deus?

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Na infância, lembro-me de ter visto muitas vezes o quadro de Jesus vestido de branco, batendo à porta de uma casa, uma ilustração de Apocalipse 3:20. Esse quadro me levava a pensar se realmente eu desejava que Jesus entrasse em minha casa ou se O queria do lado de fora.

Ou talvez, do lado de dentro eu dizia: “Entre, a porta está aberta”, mas não era algo que eu realmente queria fazer. Steps to Personal Revival me fez lembrar que Jesus respeita o meu livre arbítrio, e que não me obriga a estar com Ele. Isso me deixou pensativa, triste e pedi perdão a Jesus por muitas vezes não Lhe ter aberto a porta de meu coração e por tê-Lo deixado “do lado de fora, com frio”.

Alguns anos atrás, comecei a pensar mais seriamente sobre o tema da mensagem à igreja de Laodiceia, em Apocalipse 3:14-22, quando diz: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (versos 15 e 16).

Preocupa-me que, como Igreja, estejamos vivendo esse cenário coletivo. Será que Jesus não está sendo o centro de nossa vida? Porque se o mundo estiver ocupando esse centro, obviamente seremos carnais como consequência de uma vida cristã “morna”, uma vez que simplesmente não podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo.

Claro, cada um conhece a sua condição atual. E como mostramos facilmente se somos mornos, quentes ou frios? Por meio de nossas ações diárias, de nossos relacionamentos interpessoais. Pense em como você reage quando um carro o ultrapassa sem sinalizar e em meio a um trânsito pesado? Ou como você responde diante de um problema comum ou corriqueiro? O que você diz? Você é paciente?

Como diz o ditado: Não se pode tapar o sol com a peneira. Se você reage mal ou não se controla, as pessoas ao redor saberão se Cristo é o centro de sua vida, pois não há como ocultar a luz sobre um monte.

Porém, o que há por trás das más ações daquele que se diz cristão, ou seja, seguidor de Cristo? Falta algo, não é mesmo? Sim, o Espírito de Cristo, porque o fruto do Espírito é: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5:22, 23).

Segredo

Você já tentou pedir diariamente o batismo do Espírito?

Quando nosso Senhor Jesus ascendeu aos céus, prometeu que nos daria Seu Espírito Santo (João 14:16); trata-se de alguém latente e que podemos pedir diariamente.

Meu anelo é que algum dia, não muito distante, vivamos o pentecostes que ocorreu na época dos apóstolos (Atos 2). Em nossos dias, parece impossível vivê-lo novamente, mas ele ocorrerá com maior intensidade.

O interessante é que quando entramos no tanque batismal, somos batizados no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas o pastor ou ancião não diz: para sempre. Para que o eu morra e Cristo viva em nós, é necessário que vivamos em harmonia com o que aceitamos: o Espírito Santo. Ele é uma das pessoas da trindade; é nosso amigo; é o Espírito de Cristo, aquele que nos conduz pelo caminho da vida eterna. 

O livro dá um exemplo: “Uma pessoa pode ser membro comprometido da Igreja, um líder, pastor ou presidente diligente e manter uma relação morna com Cristo. A pessoa está tão dedicada a cumprir as inúmeras tarefas que descuida de sua relação pessoal com Cristo. É essa mornidão que Jesus deseja eliminar!” (Tradução livre.)

Leia o texto a seguir. Este é o cenário mostrado pela Bíblia. Encontre-se nele.

Há três grupos de cristãos:

  1. O homem natural, sem qualquer relacionamento com Deus (1 Coríntios 2:14).
  2. O homem espiritual, que possui relação verdadeira e real com Deus (1 Coríntios 2:15-16).
  3. O homem carnal, que vive uma relação dividida ou fingida com Cristo (1 Coríntios 3:1-4).

O drama mais triste do cristão carnal, que se mantém morno em sua experiência cristã, é o ter-se enganado a vida toda, dizendo que era seguidor de Cristo e, no dia do juízo, não estar salvo.

Se você descobriu que é um cristão carnal, há como mudar sua situação: peça incansavelmente o batismo do Espírito Santo em sua vida.

Carolyn Azo

Carolyn Azo

Desafios Espirituais

Reflita sobre as vicissitudes da vida em sua caminhada diária com Deus e saiba que ainda existe esperança.

Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Peruana Unión, trabalhou no canal internacional 3ABN, nos Estados Unidos, e em várias instituições adventistas. Atualmente é assessora de comunicação da sede sul-americana da Igreja. @karolineramosa