Filme retrata trabalho realizado por adventistas em prisões
Inspirado em uma história real, "Rico" aborda assuntos como violência, perdão e esperança
O ditado popular diz que “errar é humano, perdoar é divino”. Pelo fato de o erro ser algo tão natural, é essencial aceitar que ninguém é perfeito e que merece uma nova chance. Essa é a mensagem do curta-metragem Rico, Ele Tinha (Quase) Tudo, disponível no Feliz7Play, a plataforma de streaming da Igreja Adventista. A produção destaca um projeto desconhecido para alguns, mas que tem beneficiado a milhares de pessoas: o Ministério Carcerário Adventista.
O filme Rico é um drama ficcional, mas inspirado numa história real. Ela se desenvolve no morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, onde Rico, o chefe do crime, é protagonista de uma tragédia que muda toda a trajetória de sua família e de várias pessoas da comunidade.
Produção
O filme foi produzido pela Magic Studio, que tem outros títulos no Feliz7play, como o Lágrimas de Mulher e A Esperança não morre. Além da qualidade cinematográfica, o diretor Rômulo Antônio imprime nessas produções reflexões críticas, sociais e espirituais. Mais uma vez, a parceria da produtora com o ator e roteirista Josias Duarte (Rico) mostrou ser um diferencial, assim como a atuação realista dos atores Dudu Oliveira (Thiago), Aline Borges (Rita) e Gustavo Novaes (Anjo), que tornaram a estória envolvente e emocionante.
Temática teológica
O principal objetivo do filme Rico é mostrar a relação entre o perdão e a esperança. Quem perdoa revela o caráter divino e demonstra uma fé que motiva o errante a mudar seu futuro. Deus é apresentado como originador do perdão e “porque Ele vive, posso crer no amanhã”. O filme também exemplifica como o apoio de amigos e familiares é essencial para a mudança positiva de quem antes fez escolhas ruins na vida. “Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver” (Mateus 25:36).
O personagem Rico serve como uma analogia da situação espiritual de cada ser humano. As atitudes humanas equivocadas provocaram a morte do inocente filho de Deus. Porém, o amor revelado no perdão divino nos constrange, nos restaura e nos dá a esperança de um futuro (2 Coríntios 5:14). A teologia presente no filme defende que apenas a conexão com Deus capacita o ofendido a perdoar e o ofensor a ter uma transformação real do caráter.
Temática cultural
O problema da superlotação dos presídios é frequentemente noticiado pela mídia, mas pouca atenção é dada à recuperação do encarcerado e o apoio às suas famílias. Estima-se que o Brasil tenha quase 800 mil presos e não se sabe quantas pessoas são diretamente afetadas por isso.
Rico também traz um olhar bem realista sobre o problema da violência. Nele são lembrados os vários inocentes que foram vítimas durante conflitos entre policiais e bandidos. O filme também desperta na audiência a empatia para com quem vive em áreas de risco e quem perdeu familiares nessas situações.
Como usar o filme
Por ter uma curta duração (30 minutos), o filme é recomendado para discussões e dinâmicas de Pequenos Grupos em igrejas e escolas. Depois de apresentar o filme, faça perguntas relacionadas aos temas sociais (prisões, favelas, violência, presídios, família) e espirituais (perdão, graça, pecado, empatia). Os filmes dialogam de forma diferente com cada pessoa, então, esteja aberto para diferentes reações. Algumas dicas de como utilizar os filmes em escolas e igrejas você encontra clicando aqui.
Aproveite a oportunidade para também promover o Ministério Carcerário de sua região. Em caso de dúvida, procure o responsável na sede da Igreja Adventista na sua localidade (Associação/Missão).
O filme Rico, Ele Tinha (Quase) Tudo termina com uma bela surpresa: é revelado quem inspirou o personagem principal. Hoje ele pode dizer que realmente tem “tudo”. Assista!