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Coluna | Ana Paula Ramos

Recalculando rota…

Ser missionário é traçar a forma como vai ser percorrida a rota, ainda que surpresas venham no caminho


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Foto: Shutterstock

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Em nosso último artigo falamos da diferença entre ser um missionário aventureiro e um missionário audacioso (se você não leu ainda, vale a pena dar uma olhadinha antes de continuar). Entendemos que missionários por natureza, devem ser audaciosos e isso passa por alguns elementos, entre eles planejamento, estrutura, atitude e fé.

Você é daqueles que já tem um plano de vida traçado, objetivos claros e sabe bem aonde quer chegar? Ou você é um jovem que ainda está em processo de formação acadêmica, sem uma profissão definida, que não sabe muito bem o que vai encontrar no mercado de trabalho e disso vai depender as outras decisões importantes que irá tomar?

Eu gosto muito de traçar planos. Pensar nos detalhes, levantar orçamento, checar as possibilidades e sonhar com a realização desses planos praticamente com os dois pés no chão. No entanto, ao me dispor a servir o Mestre, aprendi que preciso exercitar diariamente as três grandes características de um missionário: flexibilidade, flexibilidade e flexibilidade. Assim mesmo. Em ordem de importância. Para não esquecer. O elemento também nos faz tirar os pés do chão físico, mas somente ela pode nos firmar pelos caminhos que Deus irá te conduzir.

A adaptabilidade é um dos elementos fundamentais para vivermos em uma nova cultura, em situações imprevisíveis e desafiantes. Lembrando que estamos falando da flexibilidade aplicada basicamente aos nossos costumes, modos de fazer e jeito de ser. Os princípios de Deus são eternos e imutáveis.

Parece controverso traçar planos e ao mesmo tempo ter flexibilidade e deixar Deus conduzir. Para quê o plano então? Deus entende nossas limitações humanas e ao mesmo tempo é um Deus de ordem. O melhor caminho é traçar um plano inicial (com o joelho no chão em oração). Ter um plano bem estruturado é a forma mais fácil de conseguir se adaptar depois. Você saberá o que pode ser alterado e poderá enxergar novos caminhos para andar com segurança sem perder o rumo. Se Deus fez parte desse processo, você verá a mão dEle em cada detalhe, confie.

Deus não trabalha com pegadinhas e muito menos te deixará numa encruzilhada sem resposta. Ele também não sugere atalhos com a promessa de que lá na frente dará certo. Quando for necessário recalcular a rota, permita que Ele também seja o seu GPS, aplicativo ou sua bússola. Pode ter certeza que você chegará ao seu destino em paz e segurança.

Está decidido a seguir a vida como um missionário? Trace um plano e coloque nas mãos de Deus. Você pode começar perguntando a Ele qual é o plano dEle para você. Coloque no papel. Peça a confirmação de Deus, por meio da sua família, de amigos de confiança ou de uma resposta que o permitirá seguir em frente. Projete os custos iniciais. Busque ajuda financeira se preciso, lembre-se que o dono de toda a riqueza desse mundo é o mesmo que te chamou para o serviço. Faça um levantamento do que você precisa fazer ou aprimorar para servir em algum lugar ou país. Aprender um novo idioma, quem sabe? Faça isso. Se não começar a planejar, dificilmente conseguirá enxergar as possibilidades a sua frente. Enquanto termino de escrever esse artigo, há quase 500 vagas disponíveis para voluntários, jovens, solteiros, casados, profissionais, no Brasil e ao redor do mundo em instituições adventistas para um a dois anos de serviço. Estas vagas estão cadastradas na plataforma do Serviço Voluntário Adventista. Já conhece?

Acesse: http://www.adventistas.org/pt/voluntarios/

Ana Paula Ramos

Ana Paula Ramos

Missão e Voluntariado

Até onde vão pessoas que se colocam nas mãos de Deus para servir na missão de pregar o evangelho.

Jornalista e escritora, foi voluntária no Egito entre 2014 e 2015, onde mora atualmente com seu esposo, Marcos Eduardo (Zulu), e suas filhas, Maria Eduarda e Anna Esther. É autora do livro Desafio nas Águas: Um resgate da história das lanchas médico-missionárias da Amazônia (CPB).