O aluno nota dez que foi reprovado
Entenda neste artigo quais são os passos necessários para ser bem sucedido.
Na opinião de seus colegas da turma, ele era o melhor aluno da classe. Todos o consideravam o mais esperto, o mais inteligente, o mais bem informado e o mais influente.
Ele também se considerava o melhor da turma. Enquanto os outros estavam pensando sobre algo, ele já havia se antecipado e concluído muitas coisas. Por isso, após qualquer comparação, era inevitável dizer: “Eu sou bom demais; eu sou o melhor”.
Creio que, como professor, eu gostaria muito de tê-lo na minha classe. Sua esperteza, sagacidade, inteligência, influência e capacidade de captar no ar aquilo que eu quero dizer tornariam minhas aulas muito mais produtivas e motivadas.
Numa prova escrita, ele gabaritaria. Numa pesquisa individual, ele arrebentaria. Tudo bem que ele não se adaptaria ao tal ensino cooperativo, mas... nem precisaria. Individualmente ele seria bom o suficiente para encobrir qualquer erro.
Se fosse aluno recém formado no Ensino Médio, passaria na USP, Unicamp, Unesp, FGV, ITA, UFRJ, etc. E tudo isso sem ter feito cursinho ou simulado. Rapidamente faria mestrado e doutorado em Harvard, Cambrigde, Yale, Sorbonne. Lecionaria na Oxford e até escreveria uma coluna semanal na Veja, IstoÉ e Época. Na Times.
De longe, ele era o melhor aluno da classe. Mas, pasme você, esse aluno nota dez foi reprovado!
O quê? Esse aluno foi reprovado? Isso mesmo. Foi reprovado. Seu nome era Judas Iscariotes. Ele teve aulas com o mestre Jesus Cristo.
Judas era eficiente em conhecimentos, mas cultivou a disposição de criticar e acusar. Ele era altamente considerado pelos discípulos, e exercia sobre eles grande influência, mas considerava seus amigos como muito inferiores a si. Dizia que eles estavam sempre por fora de tudo. “Vocês não tem capacidade para fazer o que Jesus precisa”, afirmava ele.
Judas ocupava um cargo de influência no meio do grupo, mas duvidava da eficácia dos planos de Jesus. E por duvidar sistematicamente, seu coração alimentou dúvida, cobiça e rebelião.
Ele articulava muito bem suas ideias, mas em algumas coisas se julgava mais sábio que o próprio Jesus. Não, ele não se julgava apenas mais sábio que seus colegas. Julgava-se mais sábio que o próprio Jesus.
Sabe qual o conceito que o mestre tinha deste aluno nota dez? João 6:70-71: “Jesus disse: Fui eu que escolhi todos vocês, os doze. No entanto um de vocês é um diabo! Ele estava falando de Judas, filho de Simão Iscariotes” (NTLH).
As ditas “grandes escolas” de nossos dias, do nível médio, preocupam-se em preparar campeões do vestibular. E, de fato, podem produzir alunos com conhecimento fantástico. As “grandes universidades” investem pesado em pesquisa a fim de consolidar seu espaço acadêmico. É possível que você seja aluno de uma dessas grandes escolas ou universidades. Não há nada de errado nisso. Todavia, não devemos esquecer que o academicismo sem o Espírito pode produzir estudantes frios, traidores, cínicos, insensíveis, rebeldes e até assassinos.
Entretanto, não caiamos no erro de pensar que a religiosidade ou o ritualismo resolve qualquer problema. Sabemos que a religião sem ciência pode produzir alunos fanáticos, “cegos”, extremistas, legalistas.
Portanto, nenhuma coisa, e nem outra. Deus espera que desenvolvamos o perfil de estudantes e pessoas:
- Competentes e comprometidos;
- Inteligentes e sábios;
- Ativos e leais;
- Racionais e espirituais.
Como conseguir isto? Aprendendo aos pés do mestre. Lendo sobre Ele. Sendo competentes e bondosos como Ele foi.
Todos nós devemos imitar o mestre. Se assim o fizermos, com certeza o produto final será um aluno nota dez, que não será reprovado no Vestibular e na Escola da vida.