Os desafios de um casamento são diários e exigem muita paciência para não se tornarem uma crise. Segundo o Sindicato dos Notários do Estado do Espírito Santo (Sinoreg-ES), só no primeiro trimestre de 2019 foram registrados cerca de 3 mil divórcios no Estado. Diante da necessidade de entender o universo a dois para vencer as dificuldades, algumas igrejas adventistas capixabas estão recebendo o projeto “Oficina da Família” para casais.

O casal de empresários Charles Miller Silva Santana e Josiane Cristina Galvani Santana conheceu o projeto em 2016 e percebeu que algo estava errado no relacionamento. Eles detectaram o problema ao ler o livro Oficina da Família, do pastor Marcos e Simone Santiago.  “Através dessa literatura vimos como éramos falhos um com outro. Depois de 20 anos de casamento, nosso amor e a união foram renovados ”, analisou Silva.

Com a mudança no casamento, Charles e Josiane decidiram desenvolver o projeto em outras igrejas, para ajudar famílias. Eles promovem um curso de dez sessões, com atividades e orientações para os casais aprenderem a lidar um com o outro no seu dia a dia. É possível ainda aprender a lidar com as diferenças, falar sobre suas necessidades, e achar o caminho para ser feliz a dois.  “Estamos felizes em ajudar casais que achavam que não dariam certo ou que não se amavam mais”, revela Silva.

Atualmente, as reuniões acontecem na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Barra do Riacho, região de Aracruz, aos sábados à tarde. No total, 20 casais estão participando. “As reuniões começam com uma dinâmica para os casais, depois um tema é abordado e discutido entre eles. Em seguida, é entregue um exercício que é respondido em casa, somente pelo casal. Para finalizar cada encontro, um lanche é servido”, explica Silva.

O pastor responsável pelo departamento de Família da Igreja Adventista para as regiões central e norte do ES, Paulo Zanh, destaca que a Oficina de Família já ajudou muitos casais por ter uma proposta de estreitar relacionamentos, dinamizar as relações, buscar níveis de satisfação e horizontalizar o saber, onde as experiências vividas são compartilhadas.