Casal de desbravadores sela matrimônio durante Campori
Eles desistiram do casamento para participar do Campori. Como reconhecimento da dedicação deles, foi realizada uma cerimônia em pleno acampamento.
Santa Helena, PR... [ASN] Música instrumental, damas de honra e convidados. Tudo estava preparado para o enlace matrimonial de Kattleen Ribeiro do Nascimento e Douglas Renan de Andrade na tarde chuvosa de domingo, 11. Esse seria apenas mais um dos inúmeros casamentos que costumam acontecer nos finais de semana, a não ser por dois detalhes. Em vez de usar vestido branco, véu, e terno em um templo religioso, os noivos compareceram à cerimônia usando nada menos que o uniforme oficial do Clube de Desbravadores e tendo como local para sua decisão pública o Campori em que 20 mil pessoas participaram entre os dias 8 e 12 de outubro.
A cerimônia foi uma surpresa, inclusive para os noivos, que estavam planejando realizar um casamento tradicional. Eles se conheceram há um ano e oito meses, quando eram funcionários do Colégio Adventista de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Haviam participado do clube quando eram mais jovens e sempre mantiveram o desejo de trabalhar ativamente na agremiação. “Nesse período nós ficamos fora do clube. Mas a medida que a gente foi conversando e se conhecendo melhor, fomos descobrindo que tínhamos esse gosto em comum”, narra Kattleen.
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A fim de voltar a desempenhar as atividades que haviam marcado a vida deles, o casal aceitou o convite de auxiliar o clube Montanha Dourada no Campori que aconteceu em 2014 e reuniu desbravadores do sul do Paraná. Após participar do encontro, eles decidiram entrar ativamente nas atividades do clube e cumprir os requisitos necessários para ir ao Campori. “Aí surgiu o problema. Estávamos juntando economias para o casamento que marcamos para janeiro de 2016. Ou seja, ou íamos para o Campori ou faríamos o casamento. Não havia condições de fazer as duas coisas. Se o acampamento fosse prioridade teríamos que adiar o casamento por mais um ano”, alega a noiva.
Após muito refletir sobre o assunto, eles decidiram ir ao acampamento. O sonho do matrimônio ficou distante, mas o desejo de ajudar minimizou a tristeza de ver os planos adiados. O que eles não esperavam é que os desbravadores reconheceriam o esforço deles e, juntamente com a liderança do Campori, os ajudariam a realizar o sonho do casamento. Assim, a última noite de atividades no acampamento em Santa Helena foi marcada pela cerimônia que reuniu centenas de desbravadores sob uma tenda. O roteiro do casamento aconteceu na ordem tradicional. Os padrinhos entraram primeiro, seguidos pelo noivo. Após a entrega da noiva, o pastor Márcio Vivan, líder da Igreja Adventista do Sétimo Dia do bairro Alto Boqueirão, em Curitiba, realizou o casamento, selando a união dos dois desbravadores.
A realização da cerimônia em pleno acampamento tem um duplo significado para o casal. Isso porque eles sempre tiveram a vontade de realizar esse sonho em um evento dos desbravadores, mas achavam impossível concretizá-lo. “Quando começamos a namorar, o Renan falava que o sonho dele era casar em um Campori. Eu também tinha essa vontade, mas achava que era impossível isso acontecer”, afirma. A motivação deles também se transformou em ajuda a alguns desbravadores. “A gente sabe que as despesas de um Campori são altas, por isso decidimos reverter o dinheiro que seria gasto com o casamento para pagar algumas despesas de nossos desbravadores, como comprar barracas e custear inscrições. Tudo isso para que eles tivessem a oportunidade de vir”, relata. [Equipe ASN, Douglas Pessoa]
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