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Carta de Ellen White é descoberta nos Estados Unidos

Pesquisadores confirmaram a autenticidade do documento, de 1882, direcionado a um missionário adventista.


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Correspondência foi encontrada em uma instituição de ensino da Igreja Adventista (Foto: Divulgação / PUC)

Uma carta anteriormente não documentada escrita por Ellen G. White, cofundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, foi descoberta nos arquivos do Pacific Union College (PUC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. No final de janeiro deste ano, vários estudiosos a revisaram e confirmaram que o documento incompleto estava de fato na caligrafia de Ellen White.

“A julgar pela agitação acadêmica que se seguiu, eu diria que é uma descoberta histórica significativa”, destaca Katherine Van Arsdale, arquivista oficial da PUC e descobridora do documento.

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Quatro anos atrás, ela encontrou o que parecia ser uma carta de Ellen G. White em um pequeno armário de metal projetado para armazenar mapas. Ela notou que a carta, datada de 9 de maio de 1882 – um mês depois que a PUC começou a dar aulas oficialmente – estava incompleta e não tinha uma assinatura, embora alguém tivesse escrito a lápis que a autora era a senhora White.

“Eu regularmente levava essa carta comigo para as aulas como um dos vários artefatos ilustrando a história da PUC e os depósitos de seus arquivos”, explica Katherine. “Eu mostraria aos alunos como algo ‘provavelmente’ escrito por Ellen White.”

Verificação

Recentemente, a arquivista a apresentou a uma turma de calouros durante a aula de James Wibberding, professor associado de Teologia Aplicada e Estudos Bíblicos da instituição. Ela perguntou a Wibberding se ele sabia, de acordo com seus estudos, se na verdade era uma carta de Ellen White.

“Ele imediatamente tirou uma foto dela e a enviou via texto para Michael Campbell, um amigo dele na Southwestern Adventist University (SWAU), que é um conhecedor das correspondências da senhora White”, ressalta Katherine. Campbell, professor associado de Religião na SWAU, imediatamente reconheceu o estilo distintivo, a caligrafia e a ortografia da líder adventista.

“Dentro de 24 horas, a carta recém-recuperada estava sendo analisada, transcrita e até discutida em aulas por todo o país”, relata Eric Anderson, professor emérito de História e diretor do Walter C. Utt Center for Adventist History da PUC, que está coletando materiais históricos relativos à história da instituição.

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Os estudiosos foram rápidos em perceber o contexto mais amplo dessa carta, dirigida ao evangelista e missionário adventista John Orr Corliss. Ellen estava discutindo críticas de sua vida e dos escritos entre os adventistas do sétimo dia, e ela escreveu em um momento em que enfrentava vários desafios significativos, incluindo um debate sobre se seus “testemunhos” aos membros da Igreja poderiam ser corrigidos ou revisados.

A autenticidade do documento foi confirmada pelos pesquisadores Ronald Graybill, professor aposentado, que trabalhou no White Estate – instituição responsável pelo patrimônio literário de Ellen White –  e autor de vários livros sobre a cofundadora da Igreja Adventista; Kevin Morgan, pastor e autor sobre Ellen White; e Tim Poirier, do White Estate.

“Nos últimos anos, os historiadores vêm demonstrando interesse significativo nesse ‘profeta americano’”, esclarece Anderson. “Você não precisa ser adventista para se deixar fascinar por uma mulher do século XIX que realizou tanto.” Em 2014, o Smithsonian Institute nomeou Ellen White como uma das 100 Pessoas Mais Influentes de Todos os Tempos na categoria “Figuras Religiosas”. Ela era uma das apenas 22 mulheres na lista.

Uma exposição com a carta recém-descoberta, entre outros artefatos relacionados dos arquivos da PUC, está disponível para visualização na Sala de Leitura Maxwell da Biblioteca do Memorial Nelson, no campus do Pacific Union College.

Veja a carta abaixo (em inglês). Para visualizar em alta resolução, clique aqui.

Primeira parte da correspondência de Ellen White. Clique para ampliar.

Segunda parte da correspondência de Ellen White. Clique para ampliar.

Entenda mais sobre o contexto histórico, o ministério de Ellen White e o conteúdo da carta: