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Capixabas recebem treinamento contra atentados em escolas

Curso “Alerta – medidas e contramedidas contra o agressor ativo” simula situações extremas no ambiente escolar


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Treinamento ensinou como fazer torniquete em casos de extrema vazão de sangue (Foto: Jobert Aquino)

O caso do tiroteio em Aracruz, que vitimou quatro pessoas e deixou outras 10 feridas, acende um alerta quanto à segurança no ambiente escolar. Preocupado com este cenário, a Rede Adventista de Educação no centro-norte capixaba promoveu um treinamento para que profissionais relacionados à Educação saibam lidar com casos extremos como esse.

Foram dois dias de treinamentos. O primeiro ocorreu no domingo, 27, no Colégio Adventista de Vitória (CAV), com a participação dos colaboradores do próprio CAV e da Escola Adventista da Serra. Na segunda-feira, 28, foi vez do Colégio Adventista do Espírito Santo, em Colatina, e da Escola Adventista de Barra de São Francisco receberem o curso.

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O treinamento estava agendado há meses, mas a coincidência potencializou sua importância. Dois dias antes da programação, um rapaz entrou atirando em duas escolas, uma pública e outra particular, em Aracruz. Ele foi preso horas depois, mas o tiroteio deixou os capixabas assustados. A ação criminosa ocorreu três meses depois de um outro jovem ter entrado em uma escola pública, em um bairro nobre de Vitória, armado com arco e flecha, mas o sujeito foi contido sem deixar vítimas.

Simulações surpreendiam participantes para que eles aplicassem a teoria em situações práticas (Foto: Jobert Aquino)

O diretor financeiro e de Patrimônio da Igreja Adventista para o território Central e Norte do Espírito Santo, Elias Dias, conta que o trabalho de prevenção com relação a ações que atentem contra a vida dos membros e dos alunos já faz parte das instituições da região.

"Nossos membros e alunos nunca saem para uma viagem oficial de nossos templos e escolas sem estarem assegurados. Mas os casos mais próximos de nós mostram que a violência não está mais lá fora, mas podem estar entrar em nossos prédios", explica.

Profissionais especializados ministraram o curso presencialmente (Foto: Jobert Aquino)

O treinamento foi desenvolvido pela Administradora de Riscos da Igreja Adventista, a Adventist Risk Management (ARM) Sul-americana. A ARM produziu um curso específico para capacitar colaboradores e alunos das escolas adventistas a se protegerem em situações de emergência dessa natureza. O curso “Alerta – medidas e contramedidas contra o agressor ativo” é composto por videoaulas na plataforma de ensino a distância e um dia de aula prática com simulações presenciais que acontecem nas instalações da instituição.

Profissionais da Polícia Civil de Brasilia, no Distrito Federal, que receberam treinamentos específicos, inclusive com capacitações nos Estados Unidos, vieram ao Espírito Santo a fim de trabalhar conceitos teóricos e simulações práticas com relação a problemas extremos como: iniciativas que favorecem a prevenção de ataques, dados alarmantes sobre esse tipo de atentado, técnica de evasão e defesa contra atirador ativo, cuidados e amparo pós incidente e recursos necessários para gestão de crise.

Participantes se dividiam em grupos e integraram oficinas (Foto: Jobert Aquino)

"A gente acha que são situações que ocorrem apenas nos Estados Unidos, mas pesquisas revelam que este tipo de comportamento tem se tornado mais frequente aqui no País", garante João Luiz de Oliveira, coordenador do projeto.

A palavra ALERTA, usada no título do curso, é formada pelas iniciais dos verbos antecipar, limitar, escapar, reportar, transformar e amparar, que norteiam os princípios presentes em todo o conteúdo abordado no curso. Além das aulas online e presenciais, uma equipe de instrutores especializados realiza uma visita prévia na escola ou na igreja para criar um plano de ação emergencial adaptado à realidade estrutural do lugar.

Participantes ganharam certificado de 8 horas de treinamento (Foto: Jobert Aquino)